Avaliação Ultra-sonográfica das Variações do Volume Uterino
AUTOR(ES)
Mauad Filho, Francisco, Beduschi, Augusto Fernando, Meschino, Renata Alberge Giugliano, Mauad, Fernando Marum, Casanova, Mauro da Silva, Ferreira, Adilson Cunha
FONTE
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-04
RESUMO
Objetivo: verificar a acurácia do ultra-som transabdominal (USTA) em determinar as alterações fisiológicas e patológicas do volume uterino e comparar o volume do útero ao USTA e ultra-som transvaginal (USTV), procurando verificar a relação dos métodos. Métodos: inicialmente foram revistos, retrospectivamente, 1186 exames ecográficos pélvicos (USTA e USTV), verificando-se as principais doenças e indicações para estes exames. A seguir, foram selecionados 480 USTA sem doenças uterinas e correlacionou-se o volume uterino com a idade e paridade. Finalmente, foi realizado estudo prospectivo comparando-se o volume uterino de 50 mulheres ao USTA e USTV. Para análise estatística utilizaram-se os testes t de Student e coeficientes de correlação de Spearman e Pearson. Resultados: correlacionando-se com a paridade, para P = 0 (n = 99) o volume foi de 44,4 cm³; para P = 1 (n = 72) o volume foi 58,5 cm³; para P = 2-3 (n = 137), o volume foi 75,8 cm³; para P = 4-5 (n = 56), 88 cm³ e para P = 6 ou mais (n = 26), 105 cm³, mostrando uma correlação positiva entre a paridade e o volume uterino. Com o coeficiente de correlação de Spearman obtiveram-se r = 0,59 e p = 0,001; o coeficiente de correlação de Pearson foi r = 0,55 e o mesmo p. Não houve variações significantes do volume uterino ao USTA e USTV. Conclusões: o útero aumenta com a paridade e sofre alterações do seu volume com a idade, sendo essas modificações detectadas ao USTA. Ambos os métodos (USTA e USTV) são equivalentes na medida do volume uterino; entretanto, a repleção vesical ao USTA permite melhor avaliação do comprimento uterino.
ASSUNTO(S)
Útero ultra-sonografia transvaginal