Avaliação ultra-sonográfica da tireóide e determinação da iodúria em escolares de diferentes regiões do Estado de São Paulo

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-12

RESUMO

A iodação do sal é eficiente no combate às doenças decorrentes da deficiência de iodo, sendo empregada em todo território nacional desde 1995. O Estado de São Paulo é considerado uma área ioda-suficiente. Para avaliar a ingesta de iodo, foram selecionados aleatoriamente 844 escolares entre 6 e 14 anos, de seis regiões do Estado. Foram avaliados, sob o ponto de vista ecográfico da tireóide, 423 meninos e 421 meninas. Os volumes da glândula tireóide elevaram-se progressivamente com a idade, guardando correlação positiva e significativa com a superfície corporal. Cerca de 1,6% dos escolares apresentava bócio. Nódulos, cistos, hemiagenesia foram detectados em 1,4% dos examinados. Notamos excessiva excreção urinária de iodo nesta população, cerca de 53% eliminou acima de 300µg Iodo/L e valores acima de 600µgI/L foram encontrados em 21% dos escolares. As amostras de sal doméstico apresentavam valores entre 28,1 e 63,3mg Iodo/kg de sal. Concluímos que a população escolar do Estado de São Paulo apresenta excessiva ingestão diária de iodo, a qual, extrapolada para a população em geral, pode induzir várias alterações da função tireóidea, como hipertiroidismo subclínico (em idosos) e tireoidite crônica autoimune na população adulta, em geral.

ASSUNTO(S)

iodo urinário bócio endêmico sal iodado deficiência de iodo

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