Avaliação tromboelastométrica de equinos submetidos a trombose e trombectomia jugular experimental
AUTOR(ES)
Pizzigatti, Dietrich, Gonçalves, Daniele S., Trentin, Thays C., Takahira, Regina K., Alves, Ana L.G., Rodrigues, Celso A., Watanabe, Marcos J., Hussni, Carlos A.
FONTE
Pesq. Vet. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-08
RESUMO
Resumo: A trombose jugular nos equinos ocorre comumente em situações iatrogênicas, secundárias a quadros endotoxêmicos e a coagulação vascular disseminada, podendo levar ao óbito. Por isso, avaliação hemostática se faz necessária e de extrema importância para monitorar os riscos de hipercoagulabilidade sistêmica e também a eficiência do tratamento alopático e cirúrgico. Este trabalho descreve o comportamento hemostático na trombose jugular experimental de dez equinos hígidos, submetidos posteriormente a duas técnicas de trombectomia e recebendo heparina sódica como terapia anti retrombosante. Estes animais foram avaliados durante 20 dias por tromboelastometria (TEM), contagem de plaquetas, hematócrito e fibrinogênio, em quatro momentos: pré-indução à flebite (D0-MPF); três dias após a indução da tromboflebite (D3-MFM); 6 dias após, - momento de tromboflebite - (D9-MT); e 54 (D16) e 126 (D19) horas após as trombectomias (MPT). A trombectomia foi realizada com Anel de Vollmar (grupo 1, n=5) e cateter de Fogarty (grupo 2, n=5). Todos os animais receberam heparina (150 UI/Kg, SC) a cada 12 horas, durante dez dias após as respectivas trombectomias. Através de amostras de sangue, foram avaliadas a TEM, o tempo de tromboplastia parcial ativada (TTPa) e tempo de protrombina (TP), a dosagem de fibrinogênio, hematócrito e contagem de plaquetas nos momentos descritos acima. Para a comparação entre os grupos e momentos foi aplicado teste t, com nível de significância de 5%. Não foi verificada diferença significativa entre os grupos de tratamento em nenhum dos momentos. Houve redução do tempo de coagulação (CT) e do tempo de formação do coágulo (CFT), com aumento da lise máxima (LM) até o momento D9-MT. A avaliação com o reagente intem apresentou prolongamento do CT e do CFT e redução do ângulo α e da LM a partir do D16 e D19. Da mesma forma, o TTPa apresentou diferenças significativas entre os momentos pré (D0, 3 e 9) e pós (D16 e 19) tratamento cirúrgico e anticoagulante. Houve diminuição do número de plaquetas nos momentos D16 e D19. Na avaliação com reagente extem ocorreu apenas o prolongamento do CT e CFT entre os momentos D0 e o D3 e D9. O TP não apresentou diferenças significativas. Os resultados obtidos demonstram que a tromboflebite jugular experimental leva a alterações clínicas locais, com comprometimento tecidual e da via extrínseca da coagulação (extem), porém sem evidências de um estado sistêmico de hipercoagulabilidade, pois não houve aumento do ângulo alfa e da firmeza máxima do coágulo (MCF). Além disso, a TEM se mostrou útil e mais sensível que os testes convencionais de coagulação (TP, TTPa e fibrinogênio) para o acompanhamento da terapia anticoagulante, conforme demonstrado em outros trabalhos.
ASSUNTO(S)
tromboelastometria tromboflebite jugular equinos anel de vollmar cateter de fogarty.
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