Avaliação topográfica das articulações sacroilíacas por ressonância magnética em pacientes com espondiloartrite axial

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Reumatol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-10

RESUMO

Resumo Objetivo: Avaliar as características de imagem das espondiloartrites na ressonância magnética (RM) das articulações sacroilíacas (SI) quanto à topografia (em terços) e margem acometida, uma vez que esse aspecto é pouco abordado na literatura. Métodos: Estudo transversal com avaliação por RM (1,5 T) das SI em 16 pacientes com diagnóstico de espondiloartrite axial quanto à presença de alterações agudas (edema ósseo subcondral, entesite, sinovite e capsulite) e crônicas (erosões, esclerose óssea subcondral, ponte óssea e substituição gordurosa), feita por dois radiologistas, cegos para os dados clínicos. Os achados da RM foram correlacionados com dados clínicos, incluindo idade, tempo de doença, medicações, HLA-B27, BASDAI, ASDAS-VHS e ASDAS-PCR, BASMI, BASFI e mSASSS. Resultados: Padrão de edema ósseo e erosões apresentaram predomínio no terço superior das SI (p = 0,050 e p = 0,0014, respectivamente). Houve correlação entre o tempo de doença e alterações estruturais por terço acometido (p = 0,028-0,037), bem como a presença de pontes ósseas com o BASMI (p = 0,028) e o mSASSS (p = 0,014). Pacientes com osteíte no terço inferior apresentaram maiores valores de ASDAS (VHS: p = 0,011 e PCR: p = 0,017). Conclusão: As alterações inflamatórias crônicas e o padrão de edema ósseo predominaram no terço superior das SI, mas também havia acometimento concomitante dos terços médio ou inferior da articulação. A localização do acometimento no terço superior das SI se mostra insuficiente para a diferenciação entre degeneração e inflamação.

ASSUNTO(S)

ressonância magnética articulações sacroilíacas espondiloartrite sacroiliíte avaliação topográfica

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