Avaliação subjetiva da qualidade da imagem e identificação de defeitos simulados no côndilo mandibular em exame de tomografia computadorizada de feixe cônico reconstruído em diferentes protocolos / Subjective evaluation of image quality and identification of simulated defects in mandibular condyle on cone beam computed tomography exam reconstructed in different protocols

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/09/2011

RESUMO

Os objetivos do presente estudo foram: avaliar, através de exames de tomografia computadorizada de feixe cônico reconstruídos em nove protocolos, a capacidade de detecção de defeitos cavitários simulados no côndilo; e determinar subjetivamente a qualidade dessas imagens. Os defeitos foram criados com pontas diamantadas esféricas de três diâmetros diferentes (numerações 1013, 1016 e 3017) em 20 côndilos de 10 mandíbulas secas. As cavidades tinham o diâmetro da ponta utilizada (1,2, 1,8 ou 2,5mm) e profundidade correspondente à metade do diâmetro, resultando em defeitos que envolviam apenas a região cortical ou também a medular. As mandíbulas foram submetidas ao exame de tomografia computadorizada de feixe cônico e, a partir de um único protocolo de aquisição, foram realizadas reconstruções multiplanares seguindo nove protocolos diferentes com base na espessura do corte (0,2, 0,6 ou 1,0mm) e filtro (none - imagem sem filtro, Sharpen Mild e S9) utilizados. As imagens parassagitais geradas foram avaliadas por dois radiologistas com experiência em tomografia computadorizada. Os avaliadores, em duas diferentes sessões, deveriam indicar a existência ou inexistência dos defeitos, localizando-os (superfície superior ou posterior) quando presentes, e atribuir escores ao grau de definição da cortical condilar, à qualidade da visualização dos defeitos e à qualidade geral das imagens. Os dados gerados foram então tabulados e submetidos à análise estatística utilizando os coeficientes de Kappa (simples e ponderado) e os testes de McNemar e de simetria para testar a concordância inter e intra-avaliadores e, para comparar as taxas de acerto, foi utilizado o Teste do Qui-Quadrado. Também foi feita uma análise de variância (Teste de Tukey) para contemplar o efeito dos protocolos empregados. A proporção de acertos foi significativamente superior (p <0,01) à proporção de erros para as duas superfícies observadas. Quando as médias de acertos foram comparadas, apenas para os defeitos na superfície posterior, foi encontrado um valor significativamente inferior para o Protocolo 7 (1,0mm e filtro none). Com relação à qualidade subjetiva das imagens, o Protocolo 9 (1,0mm e filtro S9) apresentou médias significativamente mais baixas para a definição da cortical condilar, qualidade da visualização dos defeitos na superfície superior e qualidade geral da imagem. O Protocolo 3 (0,2mm e filtro S9) teve média inferior, porém sem diferir estatisticamente dos demais, para a visualização dos defeitos na superfície posterior. Concluiu-se que a técnica se mostrou qualificada para identificação dos defeitos estudados e a maioria dos protocolos foi adequada para este fim. Com relação à qualidade subjetiva das imagens, deve-se evitar a combinação entre a espessura de corte de 1,0mm e o filtro S9. O filtro Sharpen Mild (independente da espessura de corte empregada) mostrou-se o mais equilibrado para a obtenção de imagens de qualidade adequada à identificação de defeitos cavitários na superfície articular do côndilo de mandíbulas secas

ASSUNTO(S)

articulação temporomandibular diagnóstico por imagem temporomandibular joint diagnostic imaging

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