Avaliação microbiológica de duas formas de proteção das mesas de instrumentais cirúrgico sem cirurgias limpas
AUTOR(ES)
Aline Mesquita Amaral
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
25/10/2012
RESUMO
Todos os objetos presentes na sala de cirurgia, assim como a mesa de instrumentais cirúrgicos podem ser fonte de contaminação do sítio cirúrgico. Sua montagem, seguindo regras de assepsia, assim como a esterilização adequada de materiais que serão expostos sobre essa mesa, são fundamentais para redução das taxas de ISC. O uso de campos de tecido recobrindo a mesa de instrumentais cirúrgicos reduz a contaminação dos materiais e consequentemente a infecção de sítio cirúrgico. Porém não se verifica trabalhos na literatura médica sobre o uso prévio de plástico esterilizado recobrindo a mesa de instrumentais cirúrgicos sob o campo de tecido esterilizado, utilizado rotineiramente na maioria dos centros cirúrgicos. O objetivo deste estudo foi analisar o uso de campo plástico estéril ou de fricção de solução de álcool a 70% e iodo a 1%, utilizados em mesas de instrumentais cirúrgicos, como fator extrínseco para impedir a contaminação trans-operatória do sítio cirúrgico. Tratou-se de um experimento randomizado, com coletas de amostras das superfícies das mesas de instrumentais cirúrgicos, antes e depois de cada procedimento, com posterior análise microbiológica para identificação dos microrganismos e sua resistência antimicrobiana. Resultados: Nas cirurgias em que o plástico esterilizado foi utilizado, o crescimento bacteriano foi de 5,71% antes e 28,57% após a cirurgia enquanto que nas desinfecções com solução de álcool a 70% e iodo a 1%, o crescimento foi de 2,86% antes e 45,71% após, sem diferença significativa entre os métodos empregados. Ao identificarmos os microrganismos presentes nas mesas de instrumentais cirúrgicos, tivemos prevalência de Micrococcus spp, e pequena porcentagem de Staphylococcus spp, estes não se comportando como multirresistentes frente às classes de antimicrobianos testadas. Quanto aos demais fatores avaliados, como tempo de cirurgia, classificação ASA do paciente, uso de antimicrobiano, quantidade de pessoas presentes na sala operatória durante o procedimento, etc., notamos que os dois grupos foram semelhantes, não sendo estes fatores determinantes da diferença de contaminação das mesas de instrumentais cirúrgicos nos dois métodos empregados. Conclusões: os dois métodos têm poder de proteção semelhante, considerando que a solução de álcool a 70% e iodo a 1% não gera resíduos sólidos.
ASSUNTO(S)
infecção hospitalar contaminação ambiental desinfecção alcoóis iodo plásticos ciencias da saude ciências médicas instrumentos e aparelhos cirúrgicos - esterilização instrumentos e aparelhos cirúrgicos - contaminação hospital infection environmental contamination disinfection alcohol iodine plastic
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufu.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4528Documentos Relacionados
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