Avaliação in situ da inibição de carie ao redor de restaurações de amalgama submetidas a diferentes tratamentos das paredes cavitarias
AUTOR(ES)
Paula Mathias Rabelo de Morais
DATA DE PUBLICAÇÃO
2000
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar in situ a capacidade de diferentes agentes intermediários de inibir a progressão de lesões de cárie ao redor de restaurações de amálgama com margens em esmalte, em uma situação de alto desafio cariogênico. Fragmentos dentais foram obtidos de terceiros molares nãoerupcionados e divididos, aleatoriamente, em seis grupos, de acordo com o tratamento utilizado nas paredes cavitárias previamente à restauração de amálgama: 1- Controle negativo (C-) (sem material intermediário e sem exposição ao desafio cariogênico); 2- Controle positivo (C+) (sem material intermediário); 3Verniz cavitário (VC); 4- Sistema adesivo (SA); 5- Solução de fIúor fosfato acidulado 1,23% (FFA); 6- Material híbrido de ionômero de vidro/resina composta (H/). Dispositivos intra-orais contendo simultaneamente cinco fragmentos dentais restaurados foram utilizados por vinte voluntários, durante o período de três semanas. Uma situação de alto desafio cariogênico foi simulada sobre os fragmentos dentais, mediante não-remoção da placa bacteriana; contato com solução de sacarose a 20%, durante cinco minutos, oito vezes ao dia; e suspensão do uso de dentifrícios fIuoretados. A presença da desmineralização nos fragmentos dentais, ao redor das restaurações de amálgama, com diferentes tratamentos prévios de suas paredes cavitárias, foi quantificada através da análise de microdureza, em cortes longitudinais, no esmalte o clusa I adjacente à restauração. As médias dos valores de microdureza (KHN - número de dureza Knoop), seguidas por diferentes letras, indicam significativa diferença estatística (p<0,05/ ANOVA e teste de SIDAK): C-= 346,9a; C+= 257,8bc; VC= 196,4c; SA= 253,4bc; FFA= 286,9ab; H/= 276,5b (Médias na posição de 20 J.1m de profundidade, a partir da superfície do esmalte, e a 100 Pm de distância da margem oclusal da restauração). Assim, pode-se concluir que nenhum tratamento foi capaz de evitar a formação de lesões de cárie adjacentes às restaurações de amálgama. Contudo, os agentes intermediários que liberam íons fIúor demonstraram melhores propriedades cariostáticas, sendo importante sua indicação em situações de alto desafio cariogênico
ASSUNTO(S)
amalgamas dentarios caries dentarias materiais dentarios
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000205978Documentos Relacionados
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