Avaliação imunoistoquímica da expressão das proteínas Akt e VEGFR e seu valor prognóstico em tumores estromais do trato gastrointestinal (GISTs) / Avaliação imunoistoquímica da expressão das proteínas Akt e VEGFR e seu valor prognóstico em tumores estromais do trato gastrointestinal (GISTs)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/05/2012

RESUMO

Introdução: GISTs são raros, correspondendo de 1 a 3% de todas as neoplasias do trato gastrointestinal, entretanto, são as neoplasias mesenquimais mais comuns desta localização. Possuem uma apresentação, comportamento clínico e resposta à terapia heterogêneos. O prognóstico pode ser grosseiramente estimado pelo tamanho tumoral ao diagnóstico, topografia e índice mitótico. Apesar da utilidade destes fatores de prognóstico de simples obtenção, a heterogeneidade da doença exige que marcadores mais específicos sejam aplicados para uma avaliação individual não apenas prognóstica ao diagnóstico, mas também preditiva ao tratamento com novas drogas disponíveis. A ativação aberrante das proteínas da via de sinalização PI3K/Akt/PTEN é um fenômeno relativamente comum em neoplasias epiteliais e hematológicas, com repercussão tanto na agressividade da neoplasia como na sua resistência adquirida a tratamentos anti-neoplásicos. Além da sinalização para mecanismos de sobrevivência, a via PI3K/Akt/PTEN está envolvida na ativação de angiogênese por meio da transcrição de VEGF e secundariamente do seu receptor endotelial, VEGFR. O objetivo deste trabalho foi avaliar a expressão das proteínas VEGFR, Akt e PTEN em pacientes com GIST ao diagnóstico, na tentativa de correlacionar a mesma com desfechos clínicos. Paralelamente acompanhamos o efeito do nível de expressão destas proteínas em um subgrupo de pacientes com doença avançada que recebeu a medicação Mesilato de Imatinib (GliveC). Método: Avaliação imunoistoquímica com método TMA de 48 espécimes de GISTs utilizando os anticorpos monoclonais para Akt e VEGFR. A hiperexpressão de Akt foi verificada em 33,3% e VEGFR em 75% das amostras. Na análise do grupo geral de pacientes, a hiper-expressão de Akt correlacionou-se com uma SLP (sobrevida livre de progressão) estatisticamente encurtada (p>O.05) exclusivamente para casos com doença metastática. Esta correlação não foi observada em casos com doença não inicial (estágios I a III). No entanto, mesmo em doença avançada, a hiper-expressão de Akt não teve impacto na sobrevida global. Como o grupo de pacientes com doença avançada foi o grupo que recebeu GliveC, a correlação com SLP e hiper-expressão de Akt se manteve. A ausência de expressão de VEGFR se associou com melhor sobrevida global (SG) em todos os estágios (incluindo os pacientes que receberam GliveC), mas não com sobrevida livre de doença (SLD). Este dado sugere que os pacientes com baixa expressão de VEGFR poderiam ter uma doença de biologia mais indolente, mesmo que a taxa de recorrência seja idêntica ao grupo com VEGFR hiper-expresso. Conclusões: os resultados deste estudo sugerem que a baixa expressão de VEGFR é um fator de prognóstico favorável em pacientes com doença em qualquer estágio. A hiperexpressão de Akt associa-se a uma menor SLP apenas em casos avançados, sugerindo que a ativação desta via poderia ser um mecanismo adquirido em etapas finais da doença que conferem resistência ao GliveC.

ASSUNTO(S)

medicina imunoistoquÍmica neoplasias gastrointestinais proteÍnas medicina

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