Avaliação imuno-histoquímica e morfométrica de COX-1 e COX-2 no remodelamento pulmonar na fibrose pulmonar idiopática e na esclerose sistêmica

AUTOR(ES)
FONTE

J. bras. pneumol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

OBJETIVO: Estudar a expressão de COX-1 e COX-2 em áreas pulmonares remodeladas em pacientes com esclerose sistêmica (ES) ou fibrose pulmonar idiopática (FPI) e correlacioná-la com a sobrevida desses pacientes.MÉTODOS: Examinamos espécimes de biópsia pulmonar a céu aberto de 24 pacientes com ES e de 30 pacientes com FPI, utilizando-se tecido pulmonar normal como controle. Os padrões histológicos incluíram pneumonia intersticial não específica (PINE) fibrótica em pacientes com ES e pneumonia intersticial usual (PIU) nos pacientes com FPI. Imuno-histoquímica e histomorfometria foram usadas para avaliar a expressão celular de COX-1 e COX-2 em septos alveolares, vasos e bronquíolos, sua correlação com provas de função pulmonar e seu impacto na sobrevida.RESULTADOS: A expressão de COX-1 e COX-2 em septos alveolares foi significativamente maior em FPI-PIU e ES-PINE do que no tecido controle. Não houve diferença entre FPI-PIU e ES-PINE quanto à expressão de COX-1 e COX-2. A análise multivariada baseada no modelo de regressão de Cox mostrou que os fatores associados a baixo risco de morte foram ter idade menor, valores elevados de DLCO/volume alveolar, FPI, e alta expressão de COX-1 em septos alveolares, ao passo que os fatores associados a alto risco de morte foram ter idade maior, valores baixos de DLCO/volume alveolar, ES (com PINE) e baixa expressão de COX-1 em septos alveolares.CONCLUSÕES: Nossos resultados sugerem que estratégias de prevenção de baixa síntese de COX-1 terão maior impacto sobre a ES, ao passo que as de prevenção de alta síntese de COX-2 terão maior impacto sobre a FPI. Porém, são necessários ensaios clínicos randomizados prospectivos para confirmar essa hipótese.

ASSUNTO(S)

escleroderma sistêmico fibrose pulmonar idiopática inflamação taxa de sobrevida

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