Avaliação imaginológica da paciente com derrame papilar

AUTOR(ES)
FONTE

Radiol Bras

DATA DE PUBLICAÇÃO

09/11/2017

RESUMO

Resumo O derrame papilar é um sintoma frequente na prática clínica, correspondendo à terceira queixa mais comum, sendo precedido apenas por dor e massas palpáveis. A maioria dos derrames papilares é de origem benigna e transitória, sendo definidos como derrames papilares patológicos os que se apresentam uni ou pauciorificiais, espontâneos, persistentes, serosos ou sanguinolentos e associados a alteração palpável. Os derrames patológicos são mais frequentemente causados por papiloma ou ectasia ductal, porém, existe risco de malignidade de cerca de 5%, constituído principalmente por carcinoma ductal in situ. O exame clínico é parte essencial na avaliação da paciente, permitindo diferenciar entre derrames papilares tipicamente benignos e derrames papilares suspeitos, que necessitam de avaliação pelos métodos de imagem. A mamografia e a ultrassonografia devem ser usadas em conjunto como métodos de imagem de primeira linha, porém, a sensibilidade da mamografia nestes casos é baixa, uma vez que as lesões são comumente retroareolares, pequenas e não calcificadas. A sensibilidade e a especificidade da ultrassonografia variam amplamente na literatura, sendo importante o uso de técnicas corretas para a avaliação de lesões intraductais e retroareolares. Recentemente, a ressonância magnética tem sido indicada nos casos de derrame papilar suspeito com mamografia e ultrassonografia normais, sendo o achado mais comum o realce não nodular. A cirurgia não é mais a única solução para as pacientes com derrame papilar suspeito e todos os exames de imagem normais, tendo em vista que um seguimento em curto prazo pode ser proposto de forma segura.

ASSUNTO(S)

derrame papilar mamografia ultrassonografia ressonância magnética

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