Avaliação epidemiológica de doenças negligenciadas em escolares: filariose linfática e parasitoses intestinais
AUTOR(ES)
Aguiar-Santos, Ana M., Medeiros, Zulma, Bonfim, Cristine, Rocha, Abraham C., Brandão, Eduardo, Miranda, Tereza, Oliveira, Paula, Sarinho, Emanuel S. C.
FONTE
J. Pediatr. (Rio J.)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-06
RESUMO
OBJETIVO: Descrever a prevalência de infecção filarial e de parasitoses intestinais em escolares numa área endêmica de filariose e refletir sobre a opção terapêutica utilizada no Brasil no tratamento coletivo para filariose. MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo 508 alunos na faixa etária de 5-18 anos cadastrados em escolas públicas do município de Olinda-PE. Realizou-se a investigação da parasitose intestinal em três amostras de fezes, analisadas pelo método de Hoffmann, Pons e Janer. A investigação filarial foi feita com teste antigênico pela técnica de imunocromatográfica rápida (ICT) e pesquisa de microfilárias, utilizando filtração em membrana de policarbonato. Para análise de dados utilizou-se a estatística descritiva através do programa EpiInfo versão 7. RESULTADOS: A prevalência de filariose por ICT foi de 13,8% e por microfilaremia de 1,2%, enquanto a de parasitoses intestinais foi 64,2%. A concomitância do diagnóstico filarial e de parasitoses intestinais foi de 9,4% e, 31,5% eram isentos de ambas as parasitoses. Entre os indivíduos com parasitoses intestinais, 55% eram monoparasitados e 45% poliparasitados. A presença de geohelmintos ocorreu em 72,5% dos parasitados. No grupo com infecção filarial a ocorrência de geohelmintíase foi de 54,5%. CONCLUSÕES: O diagnóstico simultâneo de infecção filarial e parasitose intestinal, bem como a elevada frequência de geohelmintos justificam uma reavaliação da estratégia terapêutica do tratamento coletivo no programa de filariose no Brasil.
ASSUNTO(S)
filariose linfática helmintíase doenças negligenciadas enteropatias parasitárias prevenção e controle
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