Avaliação e redesenho da cabine do feller-buncher com base em fatores ergonômicos / Evaluation and redesign of cab the "feller-buncher" based in ergonomics factors

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A adequação e as melhorias no posto de trabalho do operador tem sido a preocupação da ergonomia, que visa à preservação da integridade física, mental e social do ser humano. Pesquisas desenvolvidas através de avaliações ergonômicas e antropométricas contribuem para dar subsídios para novos projetos e redesigns de máquinas e equipamentos. O presente trabalho teve por objetivo realizar análise antropométrica da amostra de trabalhadores brasileiros que operam as máquinas de colheita de madeira e avaliar ergonomicamente a cabine de três modelos de Feller-Bunchers, quanto ao dimensionamento do projeto interno das cabines, posicionamento de comandos e instrumentos, acesso ao posto de trabalho, assento, níveis de ruídos emitidos interno e externo, com a finalidade de levantar informações para o redesenho da cabine. Também foi realizado um levantamento, através de questionário, da opinião de operadores sobre os aspectos ergonômicos das máquinas de colheita utilizadas e da simbologia dos comandos. As análises foram realizadas em máquinas operando em áreas de colheita de madeira pertencentes a uma empresa florestal, localizada no município de Santa Bárbara, Estado de Minas Gerais. A avaliação antropométrica dos operadores foi realizada por dois conjuntos de medidas, uma em pé e outra sentado. Para a avaliação ergonômica e mensuração do posicionamento dos órgãos de comando e campo de visão foram determinadas as distâncias dos mesmos a partir do ponto de referência do assento (PRA) nas três dimensões (x, y e z). De acordo com os resultados obtidos pode-se concluir que as medidas antropométricas dos operadores brasileiros demonstram diferenças, significativamente menores, em comparação com a de operadores de paises mais desenvolvidos onde são fabricadas estas máquinas. E também que há necessidade de melhorias ergonômicas nos seguintes aspectos ergonômicos: Acesso a cabine dificuldade de acesso em função da falta de apoios e distanciamento de degraus. Melhor distribuição dos degraus e hastes, no mínimo três pontos para o apoio; Assento dificuldade de ajustes e desconformidade de medidas. Recomendação e adequação às medidas antropométricas dos operadores mensurados com relação a regulagem e ajustes. Controles dificuldade de diferenciação para acionamento de controles no período noturno sem o acompanhamento visual. Alteração de controles por categoria de atividades no que diz respeito a forma e material. Painel de controle controles, mostradores e luzes de advertência fora da área de ótima e máxima visão do operador. Distribuição ordenada do painel e mostradores por tarefa e lógica de seqüência operacional nos limites das áreas de ótimo e máximo alcance de visão. Simbologia e nomenclatura de comandos dificuldade de entendimento dos símbolos e termos em inglês utilizado para identificação de controles, mostradores e luzes de advertência. são necessárias formas simples e linguagem clara para garantir a confiabilidade de leitura e entendimento. Os níveis de ruído dentro das cabines, emitidos nos casos analisados, foram inferiores ao limite de 85 dB (A), para oito horas de exposição diária, estabelecido pela NR-15, para todas as operações de colheita. Para a coleta de informações dos operadores, as metodologias de análise antropométrica e questionários foram aptos a precisar um levantamento satisfatório no que diz respeito ao agrupamento de dados para análises assim, da mesma forma, para as de análise das cabines.

ASSUNTO(S)

exploracao florestal wood harvesting redesenho ergonomy "feller-buncher" colheita florestal "feller-buncher" redesign ergonomia

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