Avaliação e manejo da dor em pacientes idosos com e sem demência

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

Dor persistente é um problema de saúde frequente no idoso e sua prevalência varia de 45 a 80%. Doenças crônicas, como depressão, distúrbios cardiovasculares, câncer e osteoporose tem alta prevalência em indivíduos idosos e aumentam o risco de desenvolver dor crônica. Nestes indivíduos, a presença de dor está associada a distúrbios do sono, prejuízo funcional, diminuição da sociabilidade e maior procura dos serviços de saúde, com o consequente aumento dos custos de saúde. Pacientes com Alzheimer têm uma capacidade discriminativa dolorosa normal e uma experiência afetiva e emocional da dor mais atenuada quando comparados com outros tipos de demência. Muitos pacientes têm déficits de linguagem e não podem descrever adequadamente as características de sua dor. Em casos avançados, torna-se difícil determinar se a dor está realmente presente ou não. Desta forma, a avaliação destes doentes deve ser realizada de forma sistemática. Há três formas de se avaliar a dor: questionários diretos, observação direta do comportamento ou entrevistas diretas com os cuidadores ou informantes. Nos últimos anos muitas escalas e questionários para dor foram publicados e validados especificamente para a população idosa. Alguns são específicos para pacientes com declínio cognitivo, permitindo que a evolução da dor possa ser conduzida de uma forma estruturada e reprodutível. O passo seguinte é se determinar o tipo de síndrome dolorosa e se discutir as bases do manejo farmacológico. O uso de múltiplas medicações e a presença de comorbidades exige o uso de pequenas doses e impõem contra-indicações para algumas classes de drogas. A abordagem multidisciplinar é a regra no seguimento a longo prazo destes doentes.

ASSUNTO(S)

idoso doença de alzheimer comprometimento cognitivo dor crônica avaliação da dor

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