Avaliação dos resultados neonatais do método canguru no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-10

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar os resultados do método canguru no Brasil. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo comparando 16 unidades que possuíam ou não a segunda fase do método canguru: oito eram centros nacionais de referência para o método canguru (grupo estudo), e oito faziam parte da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais (grupo controle). Foram incluídos 985 recém-nascidos pesando entre 500 e 1.749 g. Na análise multivariada, utilizou-se a regressão linear múltipla e a regressão de Poisson com ajuste robusto. RESULTADOS: Na análise ajustada (para peso de nascimento, idade gestacional, Score for Neonatal Acute Physiology Perinatal Extension II, Neonatal Therapeutic Intervention Scoring System, idade e escolaridade maternas), o tempo médio de internação (p = 0,14) e intercorrências clínicas na unidade intermediária ou canguru foram iguais entre os grupos. Peso (p = 0,012), comprimento (p = 0,039) e perímetro cefálico (p = 0,006) com 36 semanas de idade gestacional corrigida foram menores nas unidades canguru. As unidades canguru tiveram desempenho superior em relação ao aleitamento materno exclusivo na alta (69,2 versus 23,8%, p = 0,022). CONCLUSÃO: As evidências sugerem que a estratégia de humanização adotada pelo Ministério da Saúde é uma alternativa segura ao tratamento convencional e uma boa estratégia para a promoção do aleitamento materno.

ASSUNTO(S)

método canguru baixo peso ao nascer humanização

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