Avaliação dos escores da Society of Thoracic Surgeons para cirurgia de revascularização miocárdica isolada em uma população brasileira
AUTOR(ES)
Ikeoka, Dimas Tadahiro, Fernandes, Viviane Aparecida, Gebara, Otavio, Garcia, Jose Carlos Teixeira, Silva, Pedro Gabriel Melo de Barros e, Rodrigues, Marcelo Jamus, Furlan, Valter, Baruzzi, Antonio Claudio do Amaral
FONTE
Braz. J. Cardiovasc. Surg.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-03
RESUMO
Objetivo: Relatar a experiência com o "Society of Thoracic Surgeons scoring system" em uma amostra de pacientes da população brasileira submetida a cirurgia de revascularização miocárdica isolada. Métodos: Foram coletados dados de janeiro de 2010 até dezembro de 2011 e analisados para determinar o desempenho do "Society of Thoracic Surgeons scoring system" na determinação de mortalidade e morbidade pós-operatória, utilizando o método da característica de operação do receptor (ROC-curve) e tes tes Chi-quadrado e Hosmer-Lemeshow para qualidade de ajus te. Das 1083 cirurgias cardíacas realizadas durante o período de estudo, 659 foram cirurgias de revascularização miocárdica que são aqui analisadas. A idade média foi de 61,4 anos e 77% dos pacientes eram homens. Resultados: Testes de bondade de ajustamento demonstraram boa calibração tanto para mortalidade (X2=6,78, P=0,56) quanto para morbidade geral (X2=6,69, P=0,57). A análise da área sob a curva ROC (AUC) demonstrou bom desempenho para detectar o risco de morte (AUC 0,76; P<0,001), insuficiência renal (AUC 0,79; P<0,001), ventilação prolongada (AUC 0,80; P<0,001), reoperação (AUC 0,76; P<0,001) e morbidade maior (AUC 0,75; P<0.001) que representa a combinação das complicações avaliadas. O escore Society of Thoracic Surgeons não apresentou resultados comparáveis para internação de curta duração, internação hospitalar prolongada e não pôde ser adequadamente testado para acidente vascular cerebral e infecção de ferida operatória. Conclusão: O sistema de escore Society of Thoracic Surgeons apresentou boa calibração e discriminação em nossa população para a predição de mortalidade pós-operatória e para a maioria dos eventos adversos após cirurgia de revascularização miocár dica isolada. Análises de maiores amostras podem ser necessá rias para validar o método na população brasileira.
ASSUNTO(S)
controle de risco procedimentos cirúrgicos cardiovasculares revascularização miocárdica complicações pós-operatórias curva roc
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