Avaliação dos erros ou falhas de preenchimento dos atestados de óbito feitos pelos clínicos e pelos patologistas

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

INTRODUÇÃO: O preenchimento correto dos atestados de óbito (AO) é muito importante, porém geralmente negligenciado. OBJETIVO: Comparar os AO preenchidos pelos patologistas e pelos clínicos em relação à quantidade de erros de preenchimento e áreas não-preenchidas. MÉTODO: Foram comparados os atestados fornecidos pelo serviço de cardiologia do Hospital de Base (HB) e os das autópsias do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), de causas cardíacas, no ano de 2000, num total de 282 AO. Foi considerado erro ou falha de preenchimento quando os dados não correspondiam à verdade (p. ex.: item só para mulheres preenchido em paciente masculino) ou quando havia falta de preenchimento de algum item. RESULTADOS: Houve diferença em relação às médias das idades entre o grupo HB (67,8 anos) e o SVO (61,9 anos; p < 0,001). No grupo HB não houve nenhum AO com todos os campos preenchidos, enquanto no grupo SVO 11,92% estavam completamente preenchidos. Entretanto 50% dos AO do grupo HB tinham apenas um erro ou falta de preenchimento e somente 7,6% tinham cinco erros ou mais. Já no grupo SVO, 21,85% dos AO possuíam cinco erros ou mais. Nos campos assistência médica recebida, exame complementar realizado e cirurgia, o grupo SVO obteve mais erros que o grupo HB (p < 0,001). O item tempo de evolução da doença não foi preenchido em nenhum dos AO do grupo HB e em apenas 31,7% dos casos do SVO (p < 0,001). CONCLUSÃO: Os patologistas apresentaram mais falhas no preenchimento do AO que os clínicos.

ASSUNTO(S)

autópsia atestado de óbito erros

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