Avaliação dos efeitos da cetamina racêmica, cetamina s (+) e midazolam em jibóias boa constrictor linnaeus, 1758 (squamata: boidae)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/11/2011

RESUMO

CAPÍTULO 2: Visto o crescimento na criação de serpentes como animais de estimação, além de sua utilização em escala comercial, a contenção farmacológica utilizada durante procedimentos clínicos e cirúrgicos tornou-se indispensável. Assim, objetivou-se comparar os efeitos da cetamina racêmica e cetamina S (+) em Boa constrictor. Utilizaram-se 20 jibóias, distribuidas em dois grupos de 10 animais. O grupo 1 (G1) recebeu cetamina racêmica e o grupo 2 (G2) cetamina S (+), ambos na dose de 20 mg/kg ICe. Após a aplicação dos fármacos os parâmetros fisiológicos demostraram que as serpentes apresentaram comportamentos letárgicos com diminuição do tônus muscular, tônus da cabeça, locomoção e perda da agressividade, evidenciando o escore 2 da avaliação. Os espécimes do G1 permaneceram neste escore por 2,13 0,79 horas e os representantes do G2 por 2,85 0,92 horas. Apenas 50% dos animais do G2 alcançaram o período hábil da anestesia, pois perderam a reação postural de endireitamento por 0,84 0,56 horas e obtiveram analgesia por apenas 1,12 0,17 horas. O tempo de retorno as condições de t0 foram de 2,90 0,77 horas para o G1 e de 4,3 1,03 horas para o G2. Não foram observadas diferenças significativas entre a avaliação da freqüência cardíaca e respiratória nos dois grupos avaliados. Concluiu-se assim, que a cetamina S (+) em relação a forma racêmica é mais eficaz. O período de recuperação do G2 foi maior que o observado com o G1 em Boa constrictor. Os protocolos avaliados são indicados para a contenção farmacológica de animais da espécie estudada, durante procedimentos pouco ou não-invasivos. CAPÍTULO 3: Tendo em vista o aumento da criação de serpentes em cativeiro e o enfoque sobre a preservação dos espécimes silvestres, os conhecimentos sobre a anestesia destes animais tornou-se imprescindível, haja vista o aumento da procura por atendimentos clínicos e cirúrgicos. Assim, objetivou-se comparar os efeitos de diferentes doses de midazolam em Boa constrictor. Utilizaram-se 20 jibóias, divididas em dois grupos. O grupo 1 (G1) composto por 10 animais recebeu 1 mg/kg de midazolam a e o grupo 2 (G2) também com 10 animais 2 mg/kg, pela via ICe (intracelomática). Os animais do G1 permaneceram em estágio 2 para tônus da cabeça, tônus muscular, manipulação e locomoção por 3,89 1,18 horas e os representantes do G2 por 5,47 2,08 horas. Nenhuma jibóia, em ambos os grupos, perderam a RPE ou alcançaram a analgesia. No entanto, observou-se intenso relaxamento muscular e uma dificuldade de serpentear em todos as jibóias testadas. O tempo de retorno as condições de t0 foram de 4,65 1,22 horas para o G1 e de 6,2 2,37 horas para o G2. Não foram observadas diferenças significativas nas avaliações da freqüência cardíaca e respiratória entre os grupos. Constatou-se que as serpentes apresentaram comportamentos letárgicos com diminuição do tônus muscular, tônus da cabeça, locomoção e perda da agressividade. Concluiu-se assim que, 1 mg/kg de midazolam provoca nas jibóias o mesmo efeito que 2 mg/kg, porém na menor dose o tempo de recuperação é menor, podendo ser utilizado para a contenção farmacológica de Boa constrictor, ou em associações que visam um efetivo relaxamento muscular.

ASSUNTO(S)

benzodiazepínico contenção farmacológica ofídios répteis agente dissociativo contenção farmacológica serpentes medicina veterinaria anestesia veterinária jibóia benzodiazepine pharmacological restraint ophidea reptiles dissociative agent pharmacological restraint snakes

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