Avaliação dos 1000 transplantes renais realizados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) da UNESP e a sua evolução ao longo dos anos

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Nefrol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/06/2018

RESUMO

RESUMO Introdução: O progresso no transplante renal tem sido evidente ao longo dos anos, assim como seus benefícios para os pacientes. Objetivos: Avaliar os 1000 transplantes renais realizados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, subdividindo os pacientes em diferentes períodos, de acordo com a imunossupressão vigente, e avaliar as diferenças em relação à sobrevida do enxerto e do paciente. Métodos: Análise da coorte retrospectiva dos transplantes realizados entre 17/06/87 a 31/07/16, totalizando 1046 transplantes, subdivididos em quatro diferentes períodos: 1) 1987 a 2000: ciclosporina com azatioprina; 2) 2001 a 2006: ciclosporina com micofenolato; 3) 2007 a 2014: tacrolimo com antimetabólico; e 4) 2015 a 2016: tacrolimo com antimetabólico, com aumento do uso da combinação de tacrolimo com inibidores da mTOR. Resultados: Houve aumento da idade média dos receptores e aumento de doadores falecidos e da idade destes nos dois últimos períodos. Observou-se redução de retardo de função do enxerto, sendo de 54,3% no quarto período, em comparação a 78,8% no primeiro, p = 0,002. Observamos redução de rejeição aguda, sendo 6,1% no último período em comparação a 36,3% no primeiro, p = 0,001. As complicações urológicas e o diabetes após o transplante foram mais frequentes nos primeiros dois períodos. As taxas de infecção por citomegalovírus foram maiores nos dois últimos períodos. Houve melhoria na sobrevida do enxerto, p = 0,003. Não houve diferença na sobrevida do paciente, p = 0,77 (Figura 2). Conclusão: Houve aumento significativo no número de transplantes, com evolução na sobrevida do enxerto, apesar da piora no perfil dos receptores e doadores.

ASSUNTO(S)

transplante de rim imunossupressão análise de sobrevida evolução clínica

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