Avaliação do uso do fungo Pycnoporus sanguineus no decaimento de compostos fenólicos e genotoxicidade no tratamento de um efluente farmacêutico

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Ambient. Água

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-12

RESUMO

Se não for tratado de forma adequada e eficientemente, os resíduos produzidos pela indústria química podem contaminar o meio-ambiente. Utilizar fungos capazes de degradar compostos orgânicos (por exemplo, fenol), pode ser um método para tratar efluentes proeminentes de insústrias farmacêuticas, em particular, os fungos da podridão branca. O objetivo deste trabalho foi tratar um efluente farmacêutico pelo fungo Pycnoporus sanguineus. Três amostras de efluentes foram coletadas em uma indústria farmacêutica. A produção de enzimas como a lacase e manganês peroxidase foi determinado. A sua produção durante o tratamento com o fungo P. sanguineus atingiu concentrações máximas de 4,48 U.mL-1 (Efluente 1), 8,16 U.mL-1 (Efluente 2), 2,8 U.mL-1 (Efluente 3) e 0,03 Abs.min-1 (efluente 2), respectivamente, durante 96 horas de tratamento biológico. Efeitos genotóxicos dos efluentes brutos e tratados também foram investigados usando o ensaio em que foi avaliada a formação de micronúcleos (MN) na medula óssea de camundongos. Os resultados mostraram que o tratamento biológico reduziu a frequência de MN, de um modo dependente da dose, em comparação com amostras não tratadas. A diminuição de cerca de 20% e 45% da concentração de compostos fenólicos foi observada em todo o tratamento, o que confirma que a produção de lacase pode ser relacionada com a degradação de compostos tóxicos presentes no efluente. Por conseguinte, a biodegradação do fungo P. sanguineus parece um método promissor para a mineralização de compostos recalcitrantes presentes em efluentes farmacêuticos.

ASSUNTO(S)

efluente farmacêutico biodegradação pycnoporus sanguineus lacase manganês peroxidase

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