Avaliação do risco coronariano em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico
AUTOR(ES)
Cadaval, Ricardo A. M., Martinez, José Eduardo, Mazzolin, Milene A., Barros, Renata G. T., Almeida, Fernando Antonio de
FONTE
Revista Brasileira de Reumatologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-12
RESUMO
INTRODUÇÃO: Pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) apresentam aproximadamente cinco vezes maior risco de morte por causa cardiovascular se comparados com a população geral. Os fatores de risco cardiovascular (RCV) tradicionais não explicam por si só este aumento do RCV no LES. Até o momento não há um instrumento que consiga identificar precocemente o aumento do maior RCV nesta população. OBJETIVO: Avaliar a utilidade do escore de Framingham de RCV em pacientes com e sem LES. PACIENTES E MÉTODOS: Foram estudados 80 pacientes do sexo feminino com diagnóstico de LES e 60 mulheres no grupo controle sem doenças reumatológicas. Foi aplicado o Escore de RCV de Framingham para estimar o risco de mortalidade por DCV em 10 anos. RESULTADOS: Pacientes com LES apresentavam índice de massa corpórea (IMC) (26,8 ± 6,2 versus 24,9 ± 3,8), níveis de triglicerídeos (159,3 ± 103,7 versus 113,8 ± 50,3) e pressão arterial diastólica (84,3 ± 11,5 versus 79,1 ± 12,0) mais elevados quando comparados ao grupo controle (P < 0,05). Hipertensão arterial estava presente em 56% das pacientes com LES e em 33% no grupo controle (P < 0,05). Apesar das diferenças encontradas entre os grupos, ambos apresentavam 1% de RCV pelo escore de Framingham. Quando comparamos aquelas com risco > 10%, não encontramos diferenças estatisticamente significativas (P > 0,05). CONCLUSÕES: Pacientes com e sem LES possuem o mesmo risco de apresentar infarto do miocárdio ou mortalidade coronariana em 10 anos, apesar da maior mortalidade cardiovascular nas pacientes com LES. O escore de risco de Framingham não é uma escala que consiga estimar o risco aumentado de DCV em mulheres com LES.
ASSUNTO(S)
lúpus eritematoso sistêmico risco cardiovascular escore de framingham
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