AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR NA SÍNDROME METABÓLICA

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Avalia risco cardiovascular na síndrome metabólica. Não existe consenso sobre o escore mais apropriado para detecção do RCV nesta população. O objetivo é avaliar o risco de doença arterial coronariana (DAC) em indivíduos não diabéticos portadores de SM, com base em três diferentes escores. Foram avaliados trinta e nove indivíduos portadores de SM, por meio do Escore de Risco de Framingham (ERF), pelo ERF modificado pela IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Aterosclerose (ERF-mod) e pelo Prospective Cardiovascular Münster Study (PROCAM). Todos os indivíduos foram submetidos a avaliação clínica, eletrocardiograma de repouso, ecocardiograma, monitorização ambulatorial da pressão arterial, índice tibial-braquial (ITB) além de dosagens de glicose, creatinina, colesterol total, colesterol HDL, triglicérides e microalbuminúria. O LDL colesterol foi estimado pela fórmula de Friedwald. A média de idade foi de 44+ -21,0 anos, com predomínio de mulheres (31/39). Seis (15,4%) indivíduos eram tabagistas e 21 (53,8%) eram hipertensos. O perfil lipídico mostrou níveis baixos de colesterol HDL em 35 (89,7%) dos casos e níveis elevados de triglicérides, colesterol total e colesterol LDL em 28 (71,8%), 19 (48,7%) e 15 (38,5%) dos casos, respectivamente. Microalbuminúria foi diagnosticada em 23 (59%) dos indivíduos, hipertrofia do ventrículo esquerdo (HVE) em três (7,7%) e doença vascular periférica em cinco (12,8%) pacientes. O risco estimado de DAC pelo ERF foi baixo (<10%) em 35 (89,7%) indivíduos e médio (10 a 20%) em quatro (10,3%), não sendo detectado alto risco em nenhum caso. Por outro lado, quando foram considerados fatores agravantes sugeridos pela IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Aterosclerose, o ERF-mod detectou cinco casos (12,8%) de baixo risco, 30 (76,9%) casos de médio risco e quatro (10,3%) de alto risco. Quando se aplicou o PROCAM, 29 (74,4%) indivíduos continuaram na faixa de baixo risco (<10%), sete (17,9%) apresentaram médio risco (10-20%) e três (7,7%), alto risco para doença coronariana em 10 anos. A utilização do ERF parece subestimar o RCV em portadores de SM não diabéticos. Por outro lado, a utilização do ERF-mod ou, alternativamente, do PROCAM parecem mais adequados para a estimativa do RCV nessa população

ASSUNTO(S)

escores de risco cardiovascular síndrome x metabólica doença cardiovascular cardiovascular disease nefrologia metabolic syndrome cardiovascular risk scores

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