Avaliação do manejo do recém-nascido com sífilis congênita em Fortaleza-CE

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Há décadas a eliminação da sífilis continua impondo desafios aos organismos internacionais e nacionais responsáveis pelas políticas públicas de saúde. O Brasil, apesar do avanço relacionado à triagem no pré-natal a partir da década de 90, ainda apresenta uma alta frequencia deste agravo. Quando ocorre a perda da oportunidade de detecção precoce da sífilis na gestante, a prevenção de algumas sequelas associadas à infecção é possível com o manejo adequado do recém-nascido. O objetivo deste trabalho foi avaliar o seguimento no Sistema Único de Saúde dos recém nascidos com diagnóstico de sífilis congênita, em Fortaleza, Ceará. Trata-se de um estudo quantitativo retrospectivo, cuja coleta dos dados ocorreu a partir das notificações feitas ao Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Município e dos prontuários das mães e dos recém-nascidos identificados, nas sete maternidades públicas de Fortaleza. No período de janeiro a junho de 2006 foram notificados 123 casos de sífilis congênita em nascidos vivos residentes em Fortaleza. Apenas em 62,5% dos casos o diagnóstico da sífilis nas gestantes foi realizado antes do parto. Apenas cinco (5,4%) recém-nascidos tiveram a investigação e o tratamento considerados adequados segundo as Normas do Ministério da Saúde. Os dados demonstram deficiências importantes na atenção aos recém-nascidos tiveram a investigação e o tratamento considerados adequados segundo as normas do Ministério da Saúde. Espera-se que os resultados desta pesquisa possam resultar em um melhor acompanhamento clínico dos recém-nascidos com sífilis, contribuindo para a diminuição da morbimortalidade relacionada a este agravo.

ASSUNTO(S)

sÍfilis congÊnita - dissertaÇÕes assistÊncia prÉ-natal - dissertaÇÕes saude coletiva recÉm-nascido - doenÇas - dissertaÇÕes

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