Avaliação do fluxo de fótons fotossintéticos no cultivo de alface em diferentes níveis de sombreamento

AUTOR(ES)
FONTE

Hortic. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-01

RESUMO

RESUMO O cultivo protegido tem crescido no Brasil. Geralmente, as estufas utilizam plástico transparente e tela de sombreamento na cobertura. A cobertura de plástico, com o passar do tempo, perde a transparência por adquirir resíduos de poluição, poeira e outros detritos. A perda de transparência reduz a luminosidade, a fotossíntese e acarreta a perda de produtividade e de qualidade dos produtos. O objetivo do trabalho foi estudar o impacto do sombreamento sobre a produtividade da cultura da alface e determinar o sombreamento ótimo para alcançar o máximo de produtividade. Foram montadas parcelas dentro e fora da estufa, com quatro sombreamentos com telas pretas (0, 35, 50 e 75%). Os tratamentos foram convertidos em sombreamento real a partir da medição de fluxo de fótons fotossintéticos transmitidos. Os resultados de fitomassa fresca e seca foram tratados e analisados por regressão em função do sombreamento medido. Em condições ambientais de fluxo de fótons fotossintéticos em torno de 1000 µmol m-2 s-1, alcançando até 2000 µmol m-2 s-1 em algumas horas do dia, típico de ambiente tropical, a cultura da alface pode suportar um sombreamento de até 50% sem risco de redução da produtividade. Sombreamentos entre 20 e 35%, nessas condições, são benéficos, podendo garantir o máximo de sua produtividade. Recomenda-se ao produtor de alface em cultivo protegido monitorar a vida útil do plástico, evitando que o sombreamento ultrapasse 50%. Para fins de comparação entre experimentos com sombreamento, propõe-se que seja utilizado o fluxo de fótons incidentes (FFI) para todo o ciclo da cultura, indicando o valor limite mínimo de FFI = 600 mol m-2 ciclo-1 para a alface crespa em temperatura média próxima a 21oC.

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