Avaliação do endometrio em mulheres menopausadas apos a utilização de isoflavonas

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Introdução: O hipoestrogenismo após a menopausa associa-se a diversos distúrbios como sintomas vasomotores, doenças cardiovasculares, osteoporose e alterações urogenitais. Nesta fase, a reposição hormonal pode amenizar algumas conseqüências do hipoestrogenismo. Porém, o estrogênio pode ocasionar efeitos adversos tais como mastalgia, sangramentos uterinos irregulares e também aumentar o risco relativo para neoplasias de mama e endométrio, sobretudo quando utilizado por longo período. As isoflavonas, produtos derivados da soja, estão sendo utilizadas por mulheres que não podem ou não querem realizar o tratamento convencional com hormônios no climatério. Sugere-se que possam promover efeitos seletivos determinando ação estrogênica em determinados tecidos (por exemplo, tecidos ósseo e cardiovascular) e antiestrogênica em outros (endométrio e mama). Entretanto, existem muitas dúvidas e poucas informações a respeito da resposta do endométrio ao uso das isoflavonas, o que torna necessária sua avaliação. Objetivo: Avaliar o endométrio de mulheres menopausadas antes e após seis meses de uso de isoflavonas totais. Sujeitos e métodos: Foi realizado um ensaio clínico não controlado, do tipo antes e depois em 32 mulheres na pós-menopausa, com idade entre 40 e 60 anos. Estas mulheres receberam 80mg por dia de isoflavonas totais provenientes do Trifolium pratense (Climadil®) durante seis meses, e foram avaliadas no início e no final do tratamento através de ultra-sonografia pélvica transvaginal, histeroscopia e biópsia endometrial. Análise dos dados: Os dados coletados foram registrados em um programa através do software Epi Info, versão 6,04b. A análise dos dados foi realizada pelo programa estatístico SAS versão 8,2, considerando um nível de significância (a) de 0,05 e um poder (1-b) de 0,80. Para estudar a variação média da espessura endometrial, a variação dos achados histeroscópicos e histológicos, entre os instantes iniciais e após a intervenção, foi utilizado o teste t de Student para dados pareados. Resultados: Dentre as 32 mulheres que participaram do estudo, seis apresentaram sangramento vaginal e três apresentaram alterações endometriais quando comparados aos exames iniciais. Duas mulheres desenvolveram proliferação endometrial e uma, hiperplasia endometrial. Não houve alterações significativas em relação ao espessamento endometrial ao ultra-som. Conclusão: Neste estudo, três mulheres que utilizaram isoflavonas durante seis meses apresentaram estímulo endometrial

ASSUNTO(S)

fitoterapia endometrio menopausa

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