Avaliação do emprego da ultrafiltração em membrana na remoção de células de cianobactérias para águas de abastecimento
AUTOR(ES)
Alisson Braganca Silva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
O principal objetivo desta pesquisa foi verificar a remoção de células de cianobactérias e cianotoxinas por meio de ultrafiltração (UF) em membranas em escala piloto. A pesquisa foi realizada utilizando água bruta captada às margens da Lagoa da Pampulha em Belo Horizonte, Minas Gerais. O equipamento de ultrafiltração foi operado no período de abril a agosto de 2008, totalizando 80 horas de monitoramento. As florações de cianobactérias têm sido grande empecilho na operação adequada das estações de tratamento de água em várias localidades ao redor do globo. Além de colmatarem os meios filtrantes e reduzirem as carreiras de filtração, parcela significativa das espécies de cianobactérias pode apresentar toxicidade. Aliada à remoção de cianobactérias, o estudo também contemplou o monitoramento de parâmetros físico-químicos e biológicos e de funcionamento da unidade-piloto: pH, temperatura, alcalinidade, dureza, cor verdadeira, cor aparente, coliformes totais e Escherichia coli, pressão do sistema, vazão de permeado e concentrado. Complementando a pesquisa, foram realizadas análises de microcistina por meio do teste imunocompetitivo (ELISA). A membrana de UF não removeu dureza e alcalinidade, pois, a faixa de rejeição da membrana UF não abrange íons bivalentes como de Ca e Mg. Por meio de análises feitas com o Kit Colilert foi possível concluir que o sistema de ultrafiltração removeu completamente Escherichia coli. A eficiência média de remoção de cor aparente superou 90% na unidadepiloto (93 uH no afluente para 5 uH no permeado). Enquanto a eficiência média de remoção de cor verdadeira foi de aproximadamente 50% (sendo encontrado o valor médio de 8 uH no ponto de captação), pois a membrana de UF rejeita parcialmente as substâncias orgânicas dissolvidas na água bruta. Concluiu-se que a tecnologia de separação por membrana de ultrafiltração pode remover eficientemente células de cianobactérias e algas. Acrescenta-se que, a tecnologia de UF pôde remover também a concentração de microcistina presente na água bruta. A microcistina, que é uma endotoxina, foi removida, pois não houve lise celular. Enfim, a tecnologia de ultrafiltração avaliada produziu água potável nos padrões de qualidade da portaria brasileira vigente para todos os parâmetros analisados nesta pesquisa.
ASSUNTO(S)
engenharia sanitária teses. saneamento teses. abastecimento de água teses. Água purificação filtração teses.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/REPA-7PVHQADocumentos Relacionados
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