Avaliação do angulo da comissura labial na reabilitação na parilia facial / Assessment of labial angle rehabilitation in facial facial paralysis

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A Paralisia Facial (PF) tem sido progressivamente, objeto de estudo dos fonoaudiólogos que trabalham com motricidade e reabilitação orofacial. A terapia visa a reabilitação das funções orais - sucção, deglutição, mastigação, fala e expressividade facial. Na paralisia facial periférica (PFP), a diminuição dos movimentos faciais e seqüela estética resultantes podem ter repercussões emocionais importantes, além do déficit funcional. A reabilitação orofacial favorece a recuperação de movimentos e a adequação e/ou a adaptação das funções orofaciais e de expressividade, mediante atuação no tônus muscular. Entretanto, quantificar os resultados terapêuticos na tentativa de aferição do tônus muscular é tarefa difícil. O objetivo geral desta tese foi avaliar a mudança do ACL a partir de um protocolo específico aplicado em pacientes com paralisia facial periférica. Os objetivos específicos foram estudar a variação do ACL, entre o início e o final do tratamento de reabilitação e avalia a confiabilidade da variação desse ângulo como elemento quantificador da eficácia terapêutica. Foram estudados 20 pacientes com PFP (grau IV), encaminhados para reabilitação orofacial do Ambulatório de Paralisia Facial do Hospital de Clínicas da Unicamp, num ensaio longitudinal prospectivo. A constatação da evolução funcional favorável baseou-se na melhora do tônus muscular com a reabilitação. A variação do tônus foi aferida mediante modificação no ACL. O estudo foi feito nas imagens da documentação fotográfica pré (após quinze dias de instalação da paralisia facial) e pós-tratamento de um ano. Para comprovação da eficácia da reabilitação, comparou-se o ACL pré e pós-reabilitação. O grupo estudado foi comparado a um grupo controle composto de nove sujeitos com paralisia facial grau IV, não submetidos a reabilitação orofacial. Os dados foram analisados estatisticamente pelo teste emparelhado das amostras (T-Student). A confiabilidade da medida do ACL foi aferida através do teste de coeficiente de correlação de Pearson. A média da idade dos pacientes estudados foi 47,65 anos, com desvio padrão (DP) 13,50. A média do ACL pré-reabilitação foi 101,70 e, pós-reabilitação, diminuiu para 93,80 (DP = 4,3). O teste estatístico revelou diferença estatisticamente significativa (p<0, 001). A análise de confiabilidade demonstrou que existe uma alta correlação entre as medidas de ângulos para os três juízes, sendo estatisticamente significante (p<0,001). O teste estatístico T-Student aplicado para comparação entre o grupo estudado e o grupo controle revelou que a média do ACL no grupo controle foi 100.9, não tem diferença com a média das medidas iniciais do grupo estudado (p=0,723). Em contrapartida apresentou significância estatística na comparação dos valores pós tratamento (p=0.001). Concluímos que o ACL é um marcador antropométrico que nos permite avaliar objetivamente a modificação do tônus da musculatura facial na PFP. Esse protocolo de reabilitação permitiu incremento marcante do tônus muscular, com melhora significativa da simetria do rosto no repouso facial

ASSUNTO(S)

paralisia facial tono muscular face facial paralysis muscular tonus face

Documentos Relacionados