Avaliação de Variáveis Eletrocardiográficas de Despolarização e Repolarização Ventricular em Diabetes Mellitus Tipo 1

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Cardiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-02

RESUMO

Resumo Fundamento: O risco de eventos cardiovasculares e morte súbita aumenta com diabetes mellitus tipo 1 (DM1). Objetivo: Avaliar alguns marcadores eletrocardiográficos de arritmias em pacientes com DM1. Métodos: Parâmetros eletrocardiográficos que refletem despolarização e repolarização ventricular, a saber, os intervalos QT, QTc, QTd, QTdc, Tp-e, JT e JTc e as relações Tp-e/QT e Tp-e/QTc, de 46 pacientes diagnosticados com DM1 foram retrospectivamente analisados e comparados com 46 controles saudáveis, pareados por idade, sexo e massa corporal. As correlações entre duração de DM1, HbA1c e variáveis de repolarização ventricular foram analisadas. Foram considerados estatisticamente significativos os valores de p inferiores a 0,05. Resultados: A duração de diabetes foi de 16,6 ± 7,1 anos, e HbA1c foi 10,81% ± 3,27% no grupo DM1. Em comparação com o grupo controle, a frequência cardíaca, os intervalos QTc, QTd, QTdc, Tp-e e JTc, a relação Tp-e/QT (p < 0,001) e a relação Tp-e/QTc (p = 0,007) foram significativamente mais altos em pacientes com DM1. A duração de DM1 e os níveis de HbA1c foram significativamente correlacionados com os intervalos QTc, QTd, QTdc, Tp-e e JTc e com as relações Tp-e/QT e Tp-e/QTc. Conclusões: Em pacientes com DM1, potenciais preditores eletrocardiográficos de repolarização foram significativamente aumentados em correlação com a duração da doença e com os níveis de HbA1c. Estes achados podem contribuir à compreensão da morte súbita cardíaca em pacientes com DM1.

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