[Avaliação de variáveis ecocardiográficas morfométricas e funcionais em cavalos submetidos à pericardiotomia parcial minimamente invasiva]

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Med. Vet. Zootec.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

RESUMO O objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto da pericardiotomia parcial minimamente invasiva sobre as variáveis ecocardiográficas morfométricas e funcionais em cavalos, visto que não há nenhum trabalho que tenha avaliado o impacto da pericardiotomia na espécie equina. Foram utilizados seis cavalos hígidos, nos quais se realizou pericardiotomia minimamente invasiva. Em todos eles, foi efetuado exame ecocardiográfico em diferentes momentos: previamente ao procedimento cirúrgico (M0); 24 horas após (M1); 72 horas após (M2) e 28 dias após (M3). Foram mensurados: diâmetro interno do ventrículo direito (VDd e VDs), espessura do septo interventricular (SIVd e SIVs), diâmetro interno do ventrículo esquerdo (VEd e VEs), espessura da parede livre do ventrículo esquerdo (PLVEd e PLVEs), diâmetro interno da aorta (Ao) e diâmetro atrial esquerdo (AE). Foram calculadas as variáveis fração de encurtamento (FEC%), espessamento fracional do septo interventricular (SIV%), espessamento fracional da parede livre do ventrículo esquerdo (PLVE%) e relação entre diâmetro do átrio esquerdo e diâmetro aórtico (AE/Ao). Após 28 dias, realizou-se nova toracoscopia para inspeção da cavidade torácica. Nas avaliações do ECO no M1 e no M2, houve alteração estatisticamente significativa no PLVE em diástole (28±5,5 e 31,7±2, respectivamente) e diminuição dos parâmetros VDd,(30,1±11,6 e 31,7± 10,7) VEd (113,3±21 e 121,7±13,7), PLVEs (42±8,2 e 43,9±2,8), AE (78,5±6,1 e 82,7±4,7), VEs (74,1±16 e 71,5±9,3), FEC (34,4±10,2 e 41,2±5,7) e SIV (27,1±8,7 e 42,3±27,9). A técnica de pericardiotomia empregada mostrou-se promissora em equinos. As variações dos parâmetros ecocardiográficos foram transitórias, não causando prejuízos hemodinâmicos aos animais.

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