Avaliação de um protocolo de assistencia a gravida diabetica
AUTOR(ES)
Belmiro Gonçalves Pereira
DATA DE PUBLICAÇÃO
1992
RESUMO
A diabete é universalmente reconhecida como um sério risco à evolução da gestação, com agravos para a saúde da mãe e do concepto. Apesar dos progressos das últimas décadas, na compreensão e no manejo da grávida diabética, não existe ainda um único protocolo de assistência aceito como indicador dos melhores resultados. Daí a importância de avaliá-los periodicamente para verificar se correspondem ao esperado ou se haveria necessidade de correções para aperfeiçoar a evolução destas gestações. Com esse fim, estudaram-se 90 gestantes diabéticas atendidas no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), no período de junho de 1986 a outubro de 1990, nas quais foi aplicado o protocolo adotado pelo Departamento de Tocoginecologia. Avaliou-se as características das gestantes quanto à idade, história obstétrica, fatores de risco para diabete, classe evolutiva da doença, complicações clínicas e obstétricas, resultados perinatais e acompanhamento puerperal até seis meses. Estes dados foram comparados aos de um grupo de gestantes com igual idade e número de gestações (controle A) e com um outro aleatoriamente escolhido (controle B). Para cada diabética foram selecionadas duas pacientes em cada grupo-controle. Observou-se que entre as diabéticas ocorreu uma maior incidência de pol idrâmnio, cesáreas, prematuros, recém-nascidos grandes para a idade gestacional, assim como uma maior freqüência de patologias neonatais como a hipoglicemia, hipocalcemia, hiperbiliirrubinemia e depressão neonatal imediata. A mortalidade perinatal foi significativamente maior que no controle aleatoriamente selecionado, mas não houve diferença significativa quando comparado com o controle pareado por idade e número de gestações. Concluiu-se que foi possível, com a sistemática adotada para rastreamento, identificar um elevado número de diabéticas gestacionais, que constituíram 60% de todas as grávidas diabéticas. Também, o peso dos recém-nascidos e a proporção de grandes para a idade gestacional mais elevada, juntamente com a mortalidade perinatal, constituem indicadores de que ainda não foi atingido o ideal quanto ao controle da grávida diabética
ASSUNTO(S)
diabetes na gravidez gravidez - complicações
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000049027Documentos Relacionados
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