Avaliação de rizobactérias em casa de vegetação e em campo visando ao controle do declínio da goiabeira

AUTOR(ES)
FONTE

Bragantia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

Buscando o controle biológico do declínio da goiabeira, foram obtidos 120 isolados de rizobactérias de goiabeiras assintomáticas, localizadas em pomares infestados por M. enterolobii. Dos 120 isolados, 44 foram avaliados em seu potencial para reduzir o nível populacional do nematoide. Para cada isolado, seis estacas vegetativas de goiabeira foram embebidas com suspensão bacteriana por 8 horas e transplantadas para sacolas de 5 L. Após o desenvolvimento das raízes, as mudas foram submetidas à inoculação com 2.000 ovos de M. enterolobii e mantidas por quatro meses em casa de vegetação. Mudas submetidas à inoculação com água, com ou sem M. enterolobii, serviram como controles. Os 46 tratamentos foram equivalentes nas cinco variáveis que avaliaram o desenvolvimento das plantas. Várias rizobactérias reduziram (p<0,05) a população final do nematoide (PF), PF/g de raiz e fator de reprodução, embora em níveis insatisfatórios. Posteriormente, um experimento bianual foi estabelecido em um pomar afetado pelo declínio da goiabeira, no qual três rizobactérias foram comparadas com os produtos biológicos Nemat® e Nemaplus® em sua capacidade de reduzir o parasitismo pelo nematoide e aumentar a produtividade da goiabeira. Sete aplicações bimensais desses tratamentos não reduziram o parasitismo pelo nematoide e não houve aumento de produtividade. A morte de algumas plantas levou à finalização antecipada do experimento após a primeira colheita. Em conclusão, aplicações de rizobactérias parecem incapazes de diminuir o parasitismo por M. enterolobii, e menos ainda reduzir a extensa necrose radicular e o estresse fisiológico ocorrido nas árvores afetadas pelo declínio de goiabeira.

ASSUNTO(S)

psidium guajava meloidogyne enterolobii controle biológico fusarium solani

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