AVALIAÇÃO DE NANOCÁPSULAS CONTENDO O EREMANTOLÍDEO C CONTRA O PARASITO T. CRUZI IN VITRO E NA DOENÇA DE CHAGAS EXPERIMENTAL / AVALIAÇÃO DE NANOCÁPSULAS CONTENDO O EREMANTOLÍDEO C CONTRA O PARASITO T. CRUZI IN VITRO E NA DOENÇA DE CHAGAS EXPERIMENTAL

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/03/2010

RESUMO

Neste estudo o desenvolvimento de uma formulação nanoestruturada do eremantolídeo C (EREC) foi realizado visando o estudo de sua atividade contra o Trypanosoma cruzi. O EREC é uma substância lipofílica isolada de Lychnophora trichocarpha Spreng previamente testada in vitro contra este parasito. Para a obtenção de nanocápsulas poliméricas contendo um núcleo oleoso para carreamento do EREC utilizou-se o método de deposição interfacial de um polímero pré-formado. Nanocápsulas de poly-ε-caprolactona (PCL) com diâmetro médio de 194,63 2,83nm e porcentagem de encapsulação de 82,59 2,40% foram obtidas, confirmando a afinidade entre EREC e núcleo oleoso. Foram ainda desenvolvidos e validados dois métodos de quantificação usando CLAE com detector de arranjos de diiodo (DAD) e espectrofotometria no UV para quantificação do EREC a 265nm em formas farmacêuticas nanoestruturadas. A técnica de CLAE permitiu a quantificação do EREC até o limite de quantificação (LOQ) de 1μg/mL e a de espectrofotometria com o (LOQ) de 5μg/mL. Estudos de liberação mostraram uma liberação prolongada e reduzida do EREC a partir das nanocápsulas com quantidade liberada inferior a 75% em 48 horas, enquanto a quantidade dissolvida da substância livre foi superior a 93% em 12 horas. Uma metodologia para determinação da atividade in vitro contra as formas epimastigotas do parasito foi otimizada e validada usando adaptação do método de MTT que demonstrou ser preciso e exato e rápido para o screening de novas substâncias, potencialmente ativas contra parasitos da família Trypanosomatidae. Nos estudos in vitro, foi verificado um efeito dose-dependente tanto para o EREC livre quanto nanoencapsulado entre as concentrações de 10-100μg/mL, sendo observada na concentração de 100μg/mL uma inibição do crescimento dos parasitos próximo de 100%. Os estudos in vivo mostraram ser a via oral inadequada para administração de EREC livre ou em nanocápsulas, uma vez que não se observou atividade sobre os parasitos na concentração de 500mg/Kg. A administração do EREC livre ou nanoencapsulado por via intravenosa (10mg/mL) reduziu significativamente a parasitemia e aumentou a sobrevida dos animais infectados, mas não foi tão eficiente como o benznidazol pela mesma via. Os dados sugerem que doses maiores de EREC possam ser administradas na forma nanoencapsulada com potencial aumento de eficácia em relação ao esquema terapêutico utilizado neste estudo.

ASSUNTO(S)

- - farmacia

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