Avaliação de HER-2 no câncer de mama invasivo no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-07

RESUMO

Resumo Objetivo: Estimar a frequência de câncer de mama positivo para HER-2 no Brasil. Método: Neste estudo observacional e prospectivo, verificamos o escore de HER-2 de espécimes de câncer de mama invasivo por imuno-histoquímica automatizada (IHQ). Para amostras classificadas como 2+ por IHQ, fizemos hibridização in situ (HIS). Resultados: De fevereiro de 2011 a dezembro de 2012, 1.495 espécimes de mama foram registrados, e 1.310 amostras coletadas por 24 centros foram analisadas. A idade mediana das pacientes foi 54 anos, e a maioria das amostras foram obtidas a partir de mastectomia segmentar (46,9%) ou radical (34,4%). O tipo histológico predominante foi o carcinoma invasivo da mama, sem tipo especial (85%); 64,3% tinham formação de túbulos (grau 3); e os receptores de estrógeno (RE)/progesterona (RP) foram positivos em 77,4%/67,8% das amostras analisadas. Por IHQ, encontramos HER-2 negativo (0 ou 1+) em 72,2% das amostras, e 3+ em 18,5%; os 9,3% de casos classificados como 2+ foram analisados por HIS, e 15,7% deles foram positivos (assim, 20,0% das amostras foram positivas para HER-2 por qualquer método). Não encontramos associação entre escores de HER-2 e estado menopausal ou tipo histológico. Tumores classificados como 3+ vieram de pacientes mais jovens, tinham maior grau histológico e foi menos frequente a expressão de RE/RP. Na região Norte do Brasil, 34,7% das amostras foram 3+, com frequências mais baixas nas outras quatro regiões do país. Conclusão: Nossos resultados permitem estimar a frequência de positividade do HER-2 no Brasil, gerando a hipótese de que pode haver diferenças biológicas subjacentes à distribuição dos fenótipos de câncer de mama entre as diferentes regiões brasileiras.

ASSUNTO(S)

neoplasias da mama imuno-histoquímica hibridização in situ erbb2 trastuzumabe her-2

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