Avaliação de fatores associados ao diagnóstico da xerostomia e/ou queimação bucal um estudo preliminar
AUTOR(ES)
Gutierrez, Luiz Makito Osawa
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Diferentes patologias e alterações fisiológicas têm como conseqüência alterações no fluxo salivar e/ou xerostomia. Considerando a importância do desenvolvimento de estudos que abordem as causas e conseqüências de desconfortos bucais que levam a diminuição da qualidade de vida dos indivíduos, este estudo teve como objetivo traçar o perfil do paciente com xerostomia e/ou queimação bucal. Métodos: 12 pacientes foram recrutados em ambulatórios do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Após os pacientes consentirem com sua participação no estudo foram aplicadas escalas para aferição de xerostomia (Inventário de Xerostomia – XI), queimação bucal (escala analógica-visual), sintomas de depressão (Inventário de Depressão de Beck – BDI), ansiedade (Inventário de Ansiedade Traço-Estado - IDATE), transtorno do sono (Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh- PSQI). Medidas de fluxo salivar espontâneo e estimulado foram realizadas através do método de expectoração salivar. Os pacientes responderam a um questionário estruturado sócio-demográfico incluindo utilização de fármacos de uso contínuo e presença de doenças crônicas. Foi também coletado sangue dos pacientes para a realização de análises bioquímicas levando em conta critérios de diagnóstico de xerostomia e queimação bucal (ferritina, ácido fólico, vitamina B12, glicose e hemograma). A análise estatística descritiva foi obtida utilizando-se o programa SPSS for Windows, versão 16.0. Resultados: a amostra foi composta por 3 homens e 9 mulheres com a média de idade de 42 anos e de 61 anos, respectivamente. A média de fluxo salivar espontâneo foi de 0,16 ml/min e a de fluxo salivar estimulado, de 0,89 ml/min. A hipossalivação esteve presente em 75% dos casos, sendo que a xerostomia foi referida por 25% dos pacientes e a queimação bucal, por 75% deles. 41,7% dos pacientes apresentaram sintomas depressivos leves. Na avaliação de ansiedade-traço 41,7% dos pacientes apresentaram sintomas de ansiedade moderada e 58,3% sintomas de ansiedade elevada. Quanto à avaliação de Ansiedade-estado 33,3% apresentaram sintomas de ansiedade moderada e 66,7% apresentaram sintomas de ansiedade elevada. 50% dos pacientes apresentaram má qualidade de sono e 25% apresentaram transtorno de sono. Nas análises bioquímicas não foram encontradas alterações significativas. Conclusão: apesar do pequeno número de pacientes estes resultados sugerem uma possível relação entre os parâmetros avaliados e os sintomas bucais, sendo necessário o aumento da amostra para que possamos confirmar essa tendência.
ASSUNTO(S)
patologia bucal burning mouth saliva dry mouth
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/10183/18465Documentos Relacionados
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