Avaliação de dois métodos experimentais de indução de infarto agudo do miocárdio

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca congestiva é a maior causa de mortalidade e morbidade nos países do ocidente, tendo como sua principal etiologia o infarto agudo do miocárdio. Na tentativa de reproduzir a progressão da insuficiência cardíaca que ocorre em seres humanos por doença coronariana, modelos experimentais de isquemia miocárdica têm sido desenvolvidos por diferentes técnicas. O animal de experimentação mais utilizado para o IAM tem sido o rato. OBJETIVO: Avaliar dois métodos de indução de lesão miocárdica em ratos; por ligadura da artéria coronária esquerda e por lesão direta da parede livre do ventrículo esquerdo através da criolesão, quantificando-se a extensão da lesão e o comprometimento da função ventricular. MÉTODOS: Foram utilizados 50 ratos machos, da linhagem Wistar, com idade entre 6-7 meses, com o peso variando de 368-414g. Os animais foram separados aleatoriamente em três grupos (A, B e C). No grupo A (n=20) os animais foram induzidos ao IAM pela técnica de ligadura da artéria coronária esquerda. No grupo B (n=20) foram submetidos à lesão miocárdica através de criolesão, e no grupo C (n=10) não sofreram nenhuma intervenção cirúrgica e foram usados como controle. Para a quantificação das lesões miocárdicas foi realizada a ecocardiografia transtorácica no 7 e 30 dia pós IAM sendo confirmados pelo estudo anatomopatológico. RESULTADOS: No 30 dia póslesão miocárdica, a FEVE no grupo A foi de 34,459,99%, no B foi de 37,238,93% e o grupo controle de 44,755,54%; resultando p=0,0096. As variáveis ecocardiográficas utilizadas para medir as cavidades ventriculares apresentaram maior dilatação do ventrículo esquerdo no grupo da ligadura. A anatomopatogia não mostrou diferença significativa entre os dois métodos. CONCLUSÕES: Os dois métodos são efetivos na indução da disfunção do ventrículo esquerdo, no entanto, a ligadura provoca alterações da contratilidade mais graves apresentando maior dilatação do VE. Ao estudo anatomopatológico não há diferença com relação à extensão e ao tipo de lesão.

ASSUNTO(S)

modelos animais em pesquisa infarto do miocárdio insuficiência cardíaca congestiva rato como animal de laboratório cirurgia

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