Avaliação de diferentes tecnologias na extração do Óleo do Pinhão-manso (Jatropha curcas L).

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Esta dissertação teve a finalidade de avaliar a composição do óleo das sementes do pinhão-manso (Jatropha curcas L), uma oleaginosa com alto teor de óleo, sendo considerada uma promissora matéria-prima para produção de biodiesel. Foram utilizadas as técnicas convencionais de extração como a prensagem a frio, a hidrodestilação, a extração com solventes orgânicos, hexano e etanol. Todos esses métodos foram avaliados em termos de eficiência da extração do óleo. Os melhores resultados de eficiência foram obtidos na extração com solvente orgânico, com o etanol apresentando o maior rendimento (46,4%). O tempo de extração foi de duas e 4 horas, comparando os tempos de extração utilizados, os resultados não foram relevantes, podendo-se concluir que, operacionalmente, o menor tempo de extração é economicamente favorável. O óleo foi caracterizado de acordo com os índices de acidez, iodo, viscosidade, refração, peróxidos e perfil em ácidos graxos de acordo com as normas definidas pela American Oil Chemical Society. O óleo das sementes do pinhão-manso, analisado por cromatografia gasosa, indicou ser um óleo de perfil insaturado com a presença de maiores concentrações dos ácidos graxos oléico e linoléico. Os ácidos graxos palmítico, palmitoleico e linolênico foram detectados em concentrações menores. De forma a comparar os resultados encontrados usando a tecnologia convencional, CO2 supercrítico foi usado para a extração do óleo verificando a influência das variáveis do processo como temperatura (40, 60 e 80C) e pressão (100, 150 e 200 bar) sobre o rendimento e perfil químico do óleo. A melhor condição foi obtida a 40C e na pressão de 200 bar e o rendimento obtido de 1,86% (g/ g). Em todas as condições, observou-se que o tempo final de extração foi de 240 minutos, onde não mais se observou óleo extraído. Os resultados foram então estudados aplicando dois modelos matemáticos de transporte de massa, sendo um deles o modelo empírico usado por ESQUÍVEL et al. (1999) e o outro modelo proposto por CHRASTIL (1982), que envolve a solubilidade dos compostos em CO2 supercrítico. A validação dos modelos foi feita com base nos resultados experimentais da extração do óleo das sementes do pinhão-manso. Os desvios do modelo empírico variaram de 3,4 a 7,9% e de CHRASTIL (1982) variou de 18 a 35%.

ASSUNTO(S)

supercritical co2 ethanol engenharia quimica fatty acids. co2 supercrítico etanol ácidos graxos.

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