Avaliação das propriedades de elasticidade da aorta ascendente por Doppler tecidual em pacientes com hipotireoidismo subclínico

AUTOR(ES)
FONTE

Arq Bras Endocrinol Metab

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-03

RESUMO

OBJETIVO: Nosso objetivo foi investigar se as propriedades elásticas da aorta são afetadas no hipotireoidismo subclínico (HSC), utilizando o Doppler tecidual (UDT). SUJEITOS E MÉTODOS: Quarenta e três pacientes com diagnóstico recente de HSC e 48 indivíduos saudáveis foram incluídos no estudo. Os diâmetros sistólico e diastólico da aorta foram medidos por ecocardiografia transtorácica modo M e as velocidades de fluxo da parede superior da aorta ascendente e de fluxo transvalvar mitral foram medidas por UDT. O índice de rigidez da aorta (IRA) e a distensibilidade aórtica foram calculados usando fórmulas aceitas na literatura. RESULTADOS: As características clínicas e demográficas dos dois grupos foram comparáveis. A distensibilidade aórtica foi significativamente menor e IRA significativamente maior nos pacientes com HSC do que nos controles. A velocidade de fluxo sistólico na parede aórtica superior (Sao) foi significantemente menor em pacientes com HSC. A velocidade de fluxo diastólico inicial (Eao) e tardio (Aao) na parede aórtica superior e as velocidades de fluxo transvalvar (Sm, Em e Am) não diferiram entre os dois grupos. Sao foi negativamente correlacionada com IRA e positivamente correlacionada com a distensibilidade aórtica. O nível de TSH foi positivamente correlacionado com IRA, colesterol total e lipoproteína de baixa densidade-colesterol e negativamente correlacionado com a distensibilidade aórtica e Sao. CONCLUSÕES: Os resultados do presente estudo demonstraram que o HSC é associado com elasticidade deficiente da aorta ascendente. Propriedades elásticas da aorta ascendente podem ser diretamente avaliadas por medições reprodutíveis dos movimentos da parede superior da aorta por UDT em pacientes com HSC.

ASSUNTO(S)

doppler tissular hipotireoidismo subclínico rigidez

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