Avaliação das conexões intra-corticais e limites estruturais da displasia cortical focal tipo taylor em pacientes com epilepsia refratária
AUTOR(ES)
Daison Nelson Ferreira Dias
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
17/03/2011
RESUMO
INTRODUÇÃO: A displasia cortical focal tipo Taylor (DCF) está frequentemente associada à epilepsia refratária ao tratamento medicamentoso e, em alguns casos, os pacientes são submetidos ao tratamento cirúrgico para o controle das crises. Este estudo utilizou as técnicas de tensor de difusão e tractografia para avaliar as alterações na conectividade na DCF. METODOLOGIA: Um estudo transversal controlado, com pacientes do PCE, do HSL da PUCRS, foi desenhado para avaliar as alterações intra-corticais e a extensão das alterações estruturais na displasia cortical focal tipo Taylor utilizando as técnicas de imagem por tensor de difusão e tractografia, nos pacientes encaminhados para tratamento cirúrgico. As imagens de ressonância magnética foram obtidas em um equipamento GE 1,5 T Signa Excite HD 8 Canais (General Electric, Milwaukee, WI, EUA) com protocolo de tensor de difusão priorizando a pequena espessura de corte. A área displásica foi definida pelos critérios de ressonância magnética. RESULTADOS: A comparação entre os grupos aconteceu em duas etapas. Primeiro, num plano axial ao nível do tálamo a uma distância média da linha que passa entre a comissura anterior e posterior com respectivo desvio padrão de 10,94 3,08 mm. Em seguida, a comparação foi feita ao nível do foco displásico. Os valores de AF são maiores nas áreas perilesionais situadas a uma distância máxima de 3 mm do limite considerado para as margens da displasia quando comparados aos valores de AF nas áreas correspondentes no hemisfério contralateral no mesmo individuo e no mesmo hemisfério no individuo controle, com p igual a 0,04 e 0,02, respectivamente, IC 95%. Isto sugere que a área displásica recruta fibras ao redor da lesão tornando a difusão mais anisotrópica. O uso da estatística discriminativa, Wilks lambda distribution, evidenciou o valor de T2, ao nível do limbo posterior da cápsula interna direita, com o poder de identificar o paciente em relação aos grupos displásico e controle (p = 0,023, IC 95%). Os autores apresentam os valores do CDA e da AF para substância branca em pacientes com displasia cortical focal. CONCLUSÃO: As técnicas de imagem por tensor de difusão e tractografia fornecem dados objetivos que podem ser usados na avaliação pré-operatória e no segmento clínico dos pacientes com displasia cortical focal. Contudo, os autores recomendam a realização de outros estudos sobre a conectividade do córtex displásico para avaliar as anormalidades dos mecanismos envolvidos.
ASSUNTO(S)
cÓrtex cerebral displasia cortical epilepsia medicina
ACESSO AO ARTIGO
http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3327Documentos Relacionados
- Novas perspectivas na avaliação neuropsicológica em pacientes com epilepsia refratária
- Neurocisticercose e displasia hipocampal microscópica em paciente com epilepsia do lobo temporal mesial refratária
- Relação entre injúria precipitante inicial e dano hipocampal na displasia cortical focal tipo I
- Eficácia do clobazam como terapia adjuvante em crianças com epilepsia focal refratária
- Avaliação da arquitetura do sono em crianças com epilepsia refratária