Avaliação das alterações da perfusão coroidiana em pacientes obesos: efeitos oculares da resistência à insulina

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/09/2018

RESUMO

RESUMO Objetivo: Avaliar as alterações da perfusão coroidiana em pacientes obesos utilizando tomografia de coerência óptica e a tonometria de contorno dinâmico, para determinar se essas alterações estão associadas ao índice de massa corporal e avaliar os efeitos oculares da resistência à insulina. Métodos: Foram avaliados, retrospectivamente, os dados de 32 pacientes obesos, com índice de massa corporal >30 kg/m2, e 45 controles saudáveis. Os valores de pressão intraocular e da amplitude de pulso ocular dos pacientes foram medidos por meio de tonometria de contorno dinâmico e a espessura média da coroide foi medida por tomografia de coerência óptica com profundidade de imagem aprimorada. A resistência à insulina foi avaliada usando o índice de estimativa da resistência à insulina pelo modelo de homeostase. Resultados: A espessura média da coroideia (294,30 ± 60,87 μm) e a amplitude de pulso ocular (2,10 ± 0,74) foram menores, enquanto a pressão intraocular média (16,61 ± 2,35 mmHg) foi maior nos obesos do que nos controles. Houve uma correlação negativa significativa entre o índice de massa corporal e a amplitude de pulso ocular (r=-0,274; p=0,029) e uma correlação negativa insignificante entre a espessura média da coroide, a pressão intraocular e o índice de massa corporal. Houve uma correlação negativa insignificante entre a avaliação do modelo de homeostase - estimativa do índice de resistência à insulina, espessura média da coróide e pressão intraocular e correlação negativa significativa entre o modelo de avaliação de homeostase - o índice de resistência à insulina estimado e a amplitude de pulso ocular (r=-0,317; p=0,022). Conclusão: Encontramos redução da espessura média da coroide e da amplitude de pulso ocular e aumento da pressão intraocular em pacientes obesos. Essas alterações indicaram uma diminuição na perfusão coroidal e no fluxo sanguíneo ocular. Pode ser possível detectar alterações no fluxo sanguíneo ocular em pacientes obesos por meio de avaliação não invasiva usando a coróide. A correlação negativa entre a resistência à insulina e a amplitude de pulso ocular pode estar associada ao acúmulo de gordura intracelular em pacientes obesos.

ASSUNTO(S)

obesidade resistência a insulina perfusão de coroide tonometria de contorno dinâmico tomografia de coerência óptica

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