Avaliação das alterações anatômicas e funcionais do diafragma pélvico de pacientes portadores de colopatia chagásica submetidos à cirurgia de Duhamel
AUTOR(ES)
Moreira Júnior, Hélio, Moreira, José P. T., Isaac, Raniere R., Almeida, Arminda C. de, Moreira, Hélio, Klug, Wilmar A.
FONTE
J. Coloproctol. (Rio J.)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-06
RESUMO
CONTRIBUIÇÃO ORIGINAL: compreender os motivos pelos quais a cirurgia de Duhamel resulta na melhora clinica da obstipação intestinal de pacientes com colopatia chagásica. ANTECEDENTES: a cirurgia de Duhamel é uma das técnicas mais difundidas para o tratamento do megacólon chagásico, com baixos índices de recidiva dos sintomas de obstipação intestinal. OBJETIVO: avaliar as alterações anatômicas e fisiológicas do diafragma pélvico de pacientes portadores de colopatia chagásica e as mudanças ocorridas após serem submetidos à cirurgia de Duhamel. DESENHO DO ESTUDO: foram avaliados os dados clínicos e os resultados de exames de cinedefecografia, eletromanometria anorretal e o ultrassom do canal anal de pacientes portadores de colopatia chagásica, no pré e pós-operatório da cirurgia de Duhamel. LOCALIZAÇÃO: Serviço de Coloproctologia - Departamento de Cirurgia Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. PACIENTES: foram inclusos, prospectivamente, pacientes com sorologia positiva para Doença de Chagas, com obstipação intestinal e megacólon radiológico, que se apresentaram consecutivamente ao ambulatório de Chagas e que livremente aceitaram participar desse estudo. RESULTADOS: foram incluídos 20 pacientes, com média de idade de 53,2 anos, sendo 16 mulheres. Observou-se, no pós-operatório, uma mudança do ritmo intestinal de, em média, uma evacuação a cada dez dias para uma evacuação diária; 16 pacientes faziam uso de laxantes no pré-operatório e somente um o fazia, intermitentemente, no pós-operatório. A eletromanometria evidenciou, no pós-operatório, uma diminuição das pressões anais de repouso (60,88 para 37,2 mmHg com p < 0,001), e da capacidade retal (244,3 para 161,25 mL, p = 0,01) e o ultrassom revelou que em 75% dos pacientes haviam alterações anatômicas do esfíncter interno na porção posterior do canal anal, justaposto ao local de abaixamento do cólon. O esvaziamento da ampola retal, observado durante a cinedefecografia pós-operatória, se processou mais rapidamente e com menor esforço quando comparado com os achados pré-operatórios. Houve mudança do ângulo anorretal no pós-operatório, que se tornou mais obtuso, tanto durante o repouso como durante o esforço evacuatório. CONCLUSÕES: as alterações anatômicas e funcionais do diafragma pélvico são significativas após a cirurgia de Duhamel e que ela determina, em conjunto, a melhoria clínica dos pacientes.
ASSUNTO(S)
doença de chagas megacolon constipação intestinal canal anal procedimentos cirúrgicos do sistema digestório cuidados peri-operatórios avaliação
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