Avaliação da sobrevivência de indicadores bacterianos e vírus durante higienização de lodo de esgoto por secagem térmica em estufa agrícola

AUTOR(ES)
FONTE

Eng. Sanit. Ambient.

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/10/2018

RESUMO

RESUMO O presente trabalho objetivou avaliar o processo de secagem térmica de lodos de esgoto em estufa agrícola com vistas à inativação bacteriana e de vírus, além do comportamento de colifagos somáticos como indicadores desses organismos. Cada volume de lodo de esgoto excedente descartado de reator upflow anaerobic sludge blanket (UASB) foi desaguado em leito de secagem por 14 dias e direcionado para secagem em estufa agrícola correspondeu a um lote (L) de lodo. Entre fevereiro e novembro de 2015, foram tratados 9 lotes (L1 a L9) por, em média, 13 semanas. O pH se manteve estável na maioria deles (entre 5,0-6,0). Após, aproximadamente, 60 dias de tratamento, todos os lotes apresentavam umidade abaixo de 10%, exceto L3 e L4 (10-25%). O tempo necessário para atingir 90% de sólidos totais (ST) variou entre 40-50 (L1 e L7), 60 (L5 e L6) e 85-100 (L2, L3 e L4) dias. Os lotes levaram, em média, 50-60 dias para alcançarem níveis de E. coli iguais ou menores a 1x103 número mais provável (NMP)/g de ST. A detecção de colifagos somáticos foi baixa e eventual. O ensaio de inoculação mostrou decaimento rápido de vírus (Poliovírus 1 Sabin), mas colifago somático Phi X174 mostrou-se mais persistente nas três temperaturas avaliadas (estufa agrícola, controladas em laboratório - 30 e 60°C). O tratamento térmico de lodo de esgoto em estufa agrícola se apresentou como simples e eficiente na obtenção de produto granulado, seco e com níveis de redução da contaminação bacteriana atendendo ao parâmetro estabelecido como seguro para uso agrícola conforme a legislação brasileira.

ASSUNTO(S)

biossólido coliformes poliovírus 1 sabin colifago somático phi x174

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