Avaliação da saúde de crianças em creches de cidade do sul do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. paul. pediatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-09

RESUMO

OBJETIVO: Analisar a avaliação da saúde de crianças de creches públicas e privadas de uma cidade do Sul do Brasil feita por seus responsáveis e investigar sua associação com fatores socioeconômicos, demográficos e aqueles relacionados ao estado de saúde. MÉTODOS: Estudo transversal com amostragem em duplo estágio (n=589). A coleta de dados incluiu medidas antropométricas e questionário com variáveis infantis e do responsável. A avaliação do responsável sobre a saúde infantil foi coletada como muito boa, boa, regular, ruim ou muito ruim. Para a análise, as duas primeiras categorias foram agrupadas e as três últimas indicaram saúde negativa. As razões de prevalência brutas e ajustadas e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculadas por meio da regressão de Poisson, com ajuste para delineamentos complexos. RESULTADOS: Foram avaliadas 531 crianças (90,2%) com idades de 1,5 meses a 7,5 anos, a maioria de creches públicas (75,9%). Apenas 8,1% (IC95% 5,8 - 10,4) tiveram sua saúde classificada como regular. Crianças hospitalizadas no ano anterior, as de raça negra, amarela ou indígenas, que ficavam mais de 20 horas por semana na creche e com consumo alimentar considerado "pequeno" pelos pais apresentaram maior prevalência de saúde classificada como regular. Pais que relataram consumir bebidas alcoólicas avaliaram como pior a saúde de seus filhos. CONCLUSÕES: A maioria dos responsáveis avaliou positivamente a saúde de seus filhos. Cor da pele, hospitalizações e consumo alimentar foram variáveis independentemente associadas à pior avaliação de saúde infantil pelos responsáveis.

ASSUNTO(S)

crianças pré-escolar pais creches hospitalização

Documentos Relacionados