Avaliação da resposta tecidual e da genotoxidade a discos de poli (ácido L/D-láctido) implantados em calota craniana de ratos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

O objetivo do presente estudo foi avaliar a reação tecidual local, em calota craniana de ratos, frente à implantação de discos de poli (ácido L/D-láctico) e avaliar a sua toxicidade genética, pela indução de micronúcleos em eritrócitos policromáticos (EPC) na medula óssea de ratos. Foram utilizados 25 ratos Wistar, machos, com 200 e 300 gramas. 20 animais sofreram procedimento cirúrgicos e tiveram os discos implantados, e 5 animais receberam medicação pós-operatória da mesma maneira, servindo como grupo controle para genotoxicidade. Com uma broca trefina 4,1mm foram realizadas duas ostectomias circulares, uma em cada osso parietal. Na perfuração direita foi inserido um disco de poli(ácido L/D-láctico), e a do lado esquerdo foi preenchida por coágulo sanguíneo (grupo controle). Os animais foram eutanasiados nos tempos apropriados (15, 30, 90 e 120 dias após a cirurgia), por inalação de isoflurano. Nos 20 animais operados foi retirada a calota craniana e fixada em formalina tamponada a 10%. As amostras foram submetidas à descalcificação e após emblocados em parafina e submetidos a cortes de 6 μm, no sentido transversal, na porção de maior diâmetro dos discos. As lâminas obtidas foram submetidas à técnica histoquímica de coloração HE. Para avaliação da genotoxicidade, ambos os fêmures de cada animal foram removidos e o conteúdo da medula óssea extraído diretamente sobre uma lâmina com uma gota de soro bovino fetal, e homogeinizada. Com este material foi feito um esfregaço. As lâminas foram secas, fixadas em metanol e coradas uma lâmina de cada fêmur com Giemsa e a outra com Acridine Orange. Os resultados obtidos foram submetidos a avaliação estatística pela Análise de Variância (ANOVA). Na avaliação histológica, no período de 15 e 30 dias, em ambos os grupos o defeito ósseo foi bem evidenciado, não sendo observados neoformação óssea, episódios de reabsorção óssea nem reação de corpo estranho. Nos períodos de 90 e 120 dias, no grupo controle, observou-se neoformação nas bordas do defeito. No grupo experimental, houve neoformação óssea nas bordas do defeito e migrando abaixo do local ocupado pelo disco e ausência de infiltrado inflamatório. Quanto a avaliação de genotoxicidade, não foi detectada redução significativa (p <0,05) da frequência de EPC em relação ao controle negativo nem aumento significante (p <0,05) nos EPC com micronúcleos. Pode-se concluir que o material utilizado neste estudo é biocompatível e bem tolerado pelos tecidos estudados, sendo considerado negativo para mutagenicidade cromossômica no ensaio realizado.

ASSUNTO(S)

cicatrizaÇÃo (odontologia) materiais biocompatÍveis toxicogenÉtica odontologia tecido Ósseo odontologia

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