Avaliação da relação entre volume de procedimentos e a qualidade do cuidado: o caso de cirurgia coronariana no Brasil
AUTOR(ES)
Noronha, José Carvalho de, Travassos, Claudia, Martins, Mônica, Campos, Mônica R., Maia, Paula, Panezzuti, Rogério
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-12
RESUMO
O volume de procedimentos médicos geralmente apresenta-se negativamente associado com a taxa de mortalidade hospitalar. O objetivo deste trabalho é verificar nos hospitais brasileiros a existência ou não dessa associação no caso das cirurgias de revascularização do miocárdio (CRVM), financiadas pelo Ministério da Saúde (MS). Analisaram-se as CRVM realizadas de 1996 a 1998. Os dados foram obtidos por intermédio do Sistema de Informações Hospitalares do SUS. O procedimento estatístico utilizado foi análise de sobrevida (modelo de Cox). Os hospitais foram agrupados em classes de volume de CRVM. O modelo foi ajustado pelo perfil de gravidade (risco de morrer) dos pacientes. Foram pagas 41.989 CRVM pelo MS entre janeiro de 1996 e dezembro de 1998, realizadas em 131 hospitais. A taxa de mortalidade foi de 7,2%. Observou-se um gradiente crescente nas taxas à medida que diminuiu o volume. No grupo de hospitais do SUS com maior volume de CRVM os pacientes operados apresentaram menor risco de morrer do que no de hospitais com menor volume de cirurgias. Recomenda-se que o SUS deva estimular a concentração regionalizada dos serviços para a realização de CRVM.
ASSUNTO(S)
cirurgia serviços de saúde hospitalização mortalidade hospitalar
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