Avaliação da qualidade de vida em portadores de esclerose múltipla: impacto da fadiga, ansiedade e depressão

AUTOR(ES)
FONTE

Fisioter. Pesqui.

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/12/2019

RESUMO

RESUMO O objetivo do estudo foi avaliar a percepção da qualidade de vida em pacientes com esclerose múltipla (EM) e verificar se há associação com fadiga, ansiedade e depressão. Trata-se de um estudo transversal com amostra composta por 100 indivíduos com diagnóstico de EM cadastrados no Centro de Referência para Atenção ao Paciente Portador de Doença Desmielinizante do Hospital da Restauração. Foram aplicadas: a escala de determinação funcional da qualidade de vida na EM (Defu), a escala modificada do impacto da fadiga (MFIS-BR) e a escala hospitalar de ansiedade (HAD-a) e depressão (HAD-d). Os pacientes com a forma clínica primariamente progressiva apresentaram pior percepção da qualidade de vida (66,90±3,47) quando comparados às formas secundariamente progressivas (71,65±5,92) e remitente-recorrente (79,00±6,62), com diferença estatística significativa (p<0,001). Houve forte correlação positiva entre os escores da Defu e da MFIS-BR (r=0,84), e forte correlação negativa entre Defu e HAD-a (r=−0,85) e Defu e HAD-d (r=−0,82). A diminuição da percepção da qualidade de vida em pacientes com EM é mais crítica nas formas progressivas da doença e tem associação com a presença de fadiga, depressão e ansiedade.ABSTRACT This study aims to assess the perception of quality of life in patients with multiple sclerosis (MS) and to verify if there is an association with fatigue, anxiety and depression. This is a cross-sectional study with a sample composed by 100 individuals with a diagnosis of MS enrolled in the Centro de Referência para Atenção ao Paciente Portador de Doença Desmielinizante do Hospital da Restauração. The Functional Determination Scale for Quality of Life in Multiple Sclerosis (DEFU), the Modified Fatigue Impact Scale (MFIS-BR), and the Hospital Anxiety (HADS-S) and Depression Scale (HADS-D) were applied. Patients with a Primary progressive clinical form presented worse perception of quality of life (66.90±3.47) when compared to the Secondary progressive (71.65±5.92) and Relapse-remitting (79.00±6.62) forms, with Significant difference (p<0.001). There was a strong positive correlation between the DEFU and the MFIS-BR scores (r=0.84), and a strong negative correlation between DEFU and HADS-A (r=−0.85), and DEFU and HADS-D (r=−0.82). The decrease in the perception of quality of life in patients with multiple sclerosis is more critical in progressive forms of the disease and is associated with the presence of fatigue, depression and anxiety.

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