Avaliação da qualidade de vida em crianças com mielomeningocele acompanhadas no ambulatório do Hospital das Clínicas - UFMG

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/12/2011

RESUMO

Mielomeningocele (MMC) é a forma mais frequente de disrafismo crânio-espinhal aberto e uma das malformações congênitas mais graves do sistema nervoso central. A importância clínica da MMC não reside apenas na anormalidade da espinha, mas principalmente no envolvimento do sistema nervoso central e no déficit neurológico associado. Dependendo do nível da MMC, diferentes graus de disfunção neurológica e do comprometimento motor podem ocorrer. Importante aspecto a ser observado nos serviços de saúde e reabilitação em crianças com MMC refere-se à qualidade de vida (QV) desses pacientes. Na busca de melhor compreensão a respeito da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) das crianças com MMC acompanhadas no ambulatório de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), estudou-se a QVRS e a capacidade funcional da criança na realização de suas atividades diárias, relacionado-as ao nível da lesão neurológica e entre si, além de verificar condições clínicas e socioeconômicas. Participaram da pesquisa crianças com MMC, de cinco a 12 anos de idade, ambos os gêneros, acompanhadas no ambulatório de Neurocirurgia do HC-UFMG. Foram colhidos dados sociodemográficos e clínicos por meio de entrevista, exame físico e prontuário médico. A avaliação da QVRS foi realizada pelo questionário genérico Child Health Questionnaire (CHQ PF50) e a capacidade funcional da criança pelo Pediatric Evaluation of Disability Inventory (PEDI). A amostra foi composta de 20 pacientes. Testes não paramétricos foram realizados para análise estatística devido ao tamanho da amostra. A QVRS das crianças apresentou escore baixo no domínio função física e não mostrou relação com o nível da lesão neurológica. A capacidade funcional mostrou escore baixo para mobilidade, mais dependência do cuidador e não apresentou relação com o nível da lesão neurológica. A associação entre a QVRS e o PEDI mostrou fortes associações nos domínios função física e na área de função social. Concluiu-se que o tratamento e a reabilitação das crianças com MMC devem focar a necessidade individual do paciente nos domínios físico e social, independentemente do nível da lesão neurológica. Avaliação e seguimento a longo prazo são importantes para determinar quais fatores interferem na QVRS.

ASSUNTO(S)

cirurgia teses. mielomeningocele decs qualidade de vida decs ajustamento social decs disrafismo espinal decs criança decs atividades cotidianas decs dissertações acadêmicas decs dissertação da faculdade de medicina da ufmg.

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