Avaliação da qualidade de vida em adolescentes com enxaqueca / Assessment of quality of life in adolescences with migraine

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/02/2011

RESUMO

Objetivo: avaliar a qualidade de vida de adolescentes portadores de enxaqueca episódica e crônica, bem como investigar sua relação com comorbidades da doença, incluindo distúrbios do sono, depressão e ansiedade. Métodos: determinar o grau de impacto na qualidade de vida dos sujeitos através da utilização de questionários específicos para avaliação da qualidade de vida e comorbidades.O diagnóstico da cefaleia foi estabelecido de acordo com os critérios diagnósticos da sociedade internacional de cefaleia. A análise estatística foi feita comparando-se o diagnóstico da enxaqueca, comorbidades e controles, correlacionando com a qualidade de vida dos sujeitos. Resultados: Foram avaliados 120 sujeitos, desse total, 13 foram excluídos. Os 107 sujeitos restantes estavam de acordo com os critérios de inclusão do estudo. Dentre eles, 50 (46%) eram portadores de enxaqueca episódica e 57 (53%) de enxaqueca crônica. Também foram entrevistados 51 adolescentes sadios considerados como controles. Observou-se que os adolescentes acometidos por enxaqueca têm pior qualidade de vida em relação aos controles. Os adolescentes portadores de enxaqueca crônica mostraram significativamente piores escores de qualidade de vida em comparação com os portadores de enxaqueca episódica, além de maiores índices de comorbidades como depressão e traço de ansiedade. Conclusões: os resultados obtidos apontam para um impacto negativo da enxaqueca na qualidade de vida. O fato de os pacientes com enxaqueca crônica apresentarem os piores escores de qualidade de vida, além dos maiores índices de depressão e ansiedade, está de acordo com estudos prévios na literatura. Pesquisas que identifiquem precisamente o grau de prejuízo na saúde física, psíquica e vida social de pacientes portadores de enxaqueca são fundamentais para a compreensão e elaboração de estratégias terapêuticas que visam diminuir este elo negativo.

ASSUNTO(S)

enxaqueca qualidade de vida comorbidades cefaléia adolescentes neurologia

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