Avaliação da qualidade de vida dos profissionais investidores e analistas no mercado de capitais

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Objetivo: Descrever as condições gerais de saúde, avaliar a qualidade de vida e a freqüência dos distúrbios do tipo ansiedade e depressão entre os profissionais investidores e analistas do mercado de capitais. Métodos: Estudo transversal com aplicação auto-administrada via correio eletrônico, de quatro questionários: perfil sócio-demográfico, condições gerais de saúde, WHOQOL-bref e SRQ-20 em profissionais investidores e analistas do mercado de capitais. Os dados da pesquisa foram enviados para um endereço eletrônico criado especialmente para esta finalidade e hospedado no site da UNIFESP. Após o envio do primeiro questionário, foram feitos mais três envios de 15 em 15 dias solicitando a participação dos respondentes. Resultados: foram enviados 2400 questionários dos quais retornaram 153 devidamente preenchidos (6,37%). A maioria dos profissionais de investimento que participou da pesquisa é do sexo masculino (75,20%) predominando a idade entre 31 a 50 anos. Entre os respondentes predominou o perfil analista com 37,80% seguido de executivos com 18,50%. A principal doença referida pelos profissionais de investimento foi deficiência visual com 54,9%, seguida de dor na coluna com 45,40%. A maioria relatou ter qualidade de vida boa ou muito boa (51%) e 45,10% relataram estar mais ou menos satisfeitos com sua saúde. Houve um maior comprometimento dos domínios relação social e meio ambiente em comparação aos domínios físico e psicológico do WHOQOL-bref. A freqüência dos distúrbios do tipo ansiedade e depressão obtidos pelo SRQ-20 entre os profissionais de investimento foi de 28,8%, sendo menos prevalente no perfil executivo. Conclusão: As doenças mais freqüentes entre as referidas pelos profissionais de investimento foram deficiência visual, dor de coluna, disfunção têmporo-mandibular e dor de cabeça. A maioria dos profissionais relatou ter boa ou muito boa qualidade de vida e o instrumento WHOQOL- bref mostrou-se mais comprometido no domínio relação social e meio ambiente entre esses profissionais. A freqüência dos distúrbios do tipo ansiedade e depressão entre os profissionais de investimento foi de 28.8%, sendo semelhante à freqüência encontrada entre indivíduos com idade média de 40 anos, porém maior do que aquela entre pacientes com câncer e gestores públicos. Portanto, a prevenção e os cuidados com saúde mental dos investidores assumem contornos importantes em função da freqüência dos distúrbios do tipo ansiedade e depressão obtidos pelo SRQ-20. Existe uma congruência nos resultados entre os instrumentos de mensuração SRQ-20 e WHOQOL-bref mostrando que aqueles profissionais com distúrbios do tipo ansiedade e depressão também possuem pior qualidade de vida nos quatro domínios, físico, psicológico, relação social e meio ambiente.

ASSUNTO(S)

economia não consta

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