Avaliação da qualidade de vida de mulheres portadoras de incontinência urinária de esforço

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Esta pesquisa sobre avaliação da qualidade de vida (QV) de mulheres portadoras de incontinência urinária de esforço (IUE) teve como objetivo avaliar a repercussão das técnicas de estimulação elétrica e biofeedback muscular na qualidade de vida destas mulheres. A metodologia consistiu no estudo intervencionista, com abordagem qualitativa e tratamento estatístico dos dados quantitativos. Esses dados foram analisados com o teste de significância do qui-quadrado e o teste de Wilcoxon. Para as informações qualitativas, utilizou-se o questionário de qualidade de vida condição-específico denominado International Consultation on Incontinence Questionnaire Short Form (ICIQ-SF). Foi avaliada a qualidade de vida de 15 mulheres, antes e depois das intervenções terapêuticas. As intervenções foram protocolizadas com a utilização do biofeedback muscular, para mensuração da força muscular de repouso e contração muscular ativa em esforço do assoalho pélvico, além de 30 minutos de estimulação elétrica do tipo TENS, com freqüência ajustada em 10 ou 30Hz, estabelecida de acordo com o perfil clínico de cada mulher estudada e largura de pulso de 400u. As intervenções terapêuticas tiveram uma duração de dois meses, em 24 sessões, três vezes por semana. Os resultados revelaram no teste do qui-quadrado com nível de confiabilidade adotado de 95%, uma associação de 89,2%, entre a quantidade de gestações das pacientes e a interferência da incontinência urinária de esforço na vida diária (ICIQ-SF). No teste de significância relacionando a interferência da IUE na vida diária (ICIQ-SF) e a utilização diária de protetor íntimo, houve uma associação de 74,5% de confiabilidade. Na verificação da existência de associação entre a freqüência de perdas urinárias e o volume destas perdas, notou-se que existe forte associação com nível de confiabilidade de 97,7%. A se aplicar o teste de Wilcoxon, para comparar os resultados da força muscular de repouso apresentada pelas mulheres amostradas em dois períodos distintos (avaliação inicial e avaliação final), pôde-se verificar claramente que os resultados mudaram significativamente, ao nível de 99,7% de confiabilidade. A associação continuou ocorrendo, quando se comparou a força muscular apresentada pelas mulheres, após uma contração ativa de esforço, destacando ainda maior confiabilidade do teste de 99,9%. O resultado torna-se ainda mais significativo quando são complementados com o Teste-T Paired Samples, para comparação das médias das forças apresentadas após os dois períodos de avaliações. Estes resultados estão altamente correlacionados de forma positiva, conforme exibe o Coeficiente de Correlação de Pearson, de 81,3%. A média percentual de aumento da força de contração muscular do assoalho pélvico, em repouso, foi de 55,4% , enquanto que a força de contração muscular ativa foi de 28,4%. O tempo de contração muscular ativa aumentou em 49,2%. Estes valores são objeto de alterações quando as mulheres são analisadas individualmente. Concluiu-se que a interferência da incontinência urinária de esforço na vida diária das mulheres estudadas foi reduzida com a intervenção fisioterapêutica, utilizando as técnicas de estimulação elétrica e biofeedback muscular.

ASSUNTO(S)

saude coletiva qualidade de vida - dissertaÇÕes educaÇÃo em saÚde - dissertaÇÕes mulheres - incontinÊncia urinÁria - dissertaÇÕes

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