Avaliação da prevalência, perfil bioquímico e drogas associadas ao distúrbio mineral ósseo-doença renal crônica em 11 centros de diálise

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Nefrol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

07/05/2018

RESUMO

RESUMO Introdução: O diagnóstico e tratamento do distúrbio mineral ósseo-doença renal crônica (DMO-DRC) é um desafio para os nefrologistas e gestores de saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência, perfil bioquímico, e drogas associadas a DMO-DRC. Métodos: Estudo transversal entre julho e novembro de 2013, em 11 centros com 1134 pacientes em diálise. Dados sociodemográficos, clínicos, e laboratoriais foram comparados entre os grupos, com base em níveis do paratormônio intacto (PTHi) (< 150,151-300, 301-600,601-1000, e > 1001 pg/mL). Resultados: A idade média foi de 57,3 ± 14,4 anos, 1071 pacientes estavam em hemodiálise, e 63 em diálise peritoneal. A prevalência de PTHi < 150 pg/mL foi 23,4% e PTHi > 601 pg/mL foi de 27,1%. A comparação dos grupos mostrou que o nível de PTHi diminuiu com o aumento da idade. Pacientes diabéticos apresentaram uma maior prevalência de PTHi < 150 pg/mL (27,6%). Carbonato de cálcio foi usado por 50,5%, Sevelamer por 14,7%, 40% dos pacientes utilizaram alguma forma de vitamina D, e 3,5% utilizaram cinacalcet. A hiperfosfatemia (> 5,5mg/dL) foi observada em 35,8%. A análise de regressão linear mostrou uma associação negativa significativa entre PTHi, idade, e diabetes mellitus e uma associação positiva significativa com o tempo em diálise. Conclusão: A prevalência de pacientes fora do alvo para PTHi foi de 50,5%. Houve uma alta prevalência de hiperfosfatemia e um baixo uso de vitamina D ativa, análogos da vitamina D, ativadores seletivos da vitamina D, e cinacalcet. Estes dados chamam a atenção para a necessidade de uma maior conformidade com as diretrizes e políticas públicas sobre o fornecimento de medicamentos associados à DMO-DRC.

ASSUNTO(S)

falência renal crônica diálise renal doenças ósseas

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