Avaliação da nasalidade de fala na fissura labiopalatina
AUTOR(ES)
Padilha, Edna Zakrzevski, Dutka, Jeniffer de Cássia Rillo, Marino, Viviane Cristina de Castro, Lauris, José Roberto Pereira, Silva, Mariana Jales Felix da, Pegoraro-Krook, Maria Inês
FONTE
Audiol., Commun. Res.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-03
RESUMO
Objetivo Descrever os resultados da nasalidade de fala de indivíduos com fissura labiopalatina e comparar os achados de nasalidade estabelecidos por meio do julgamento perceptivo-auditivo realizado ao vivo com os achados estabelecidos por análise de gravações por juízes, em dois tipos de amostras de fala. Métodos O estudo envolveu a análise retrospectiva dos resultados de avaliações perceptivo-auditivas da nasalidade de fala realizadas ao vivo por uma fonoaudióloga e o julgamento prospectivo, por consenso de juízas de 100 gravações de amostras de fala, obtidas durante a produção de dois conjuntos de estímulos de fala: um com consoantes de alta pressão (CAP, n=100) e outro com consoantes de baixa pressão (CBP, n=100). Os dados pertenciam a pacientes de ambos os gêneros, com idades entre 5 e 12 anos, que tiveram a fissura labiopalatina operada por um mesmo cirurgião. Resultados A ausência de hipernasalidade foi constatada em 69% dos julgamentos ao vivo. Quando presente, a hipernasalidade leve foi constatada em 23% dos casos, enquanto a hipernasalidade moderada em 8%. Para os julgamentos das amostras gravadas, 50% foram identificadas com hipernasalidade durante a produção das amostras CAP e 62% durante a das amostras CBP. Diferença significativa foi encontrada entre o resultado do julgamento ao vivo e o julgamento pelas juízas nas amostras CAP. A concordância entre as modalidades de avaliação variou de 79% para as amostras CAP e 80% para as amostras CBP, sendo considerada moderada. Conclusão O julgamento perceptivo ao vivo da nasalidade de fala pode detectar melhor a ausência de hipernasalidade, seguida pela hipernasalidade de grau leve, em comparação com o julgamento realizado por juízes múltiplos, a partir de amostras gravadas. Contudo, tem a desvantagem de os dados não poderem ser reproduzidos, nem quantificados, nem compartilhados por outros membros da equipe.
ASSUNTO(S)
fissura palatina insuficiência velofaríngea diagnóstico fala distúrbios da fala
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